Macron coloca sete mil soldados nas ruas após “ataque terrorista islâmico” em Nice

Macron coloca sete mil soldados nas ruas após “ataque terrorista islâmico” em Nice


Ataque em Nice ocorre pouco depois da decapitação do professor nos arredores de Paris e de o Charlie Hebdo ter publicado cartoon com Erdogan, que tem sido das vozes mais críticas do mundo islâmico contra Macron.


O Presidente francês classificou o que se passou esta quinta-feira de manhã numa igreja em Nice, e que provocou três mortes, como "um ataque terrorista islâmico". Macron falava no local do atentado onde também anunciou um reforço na segurança.

"Não cederemos mais", sublinhou o chefe de Estado, adiantando que o dispositivo militar de segurança passará de três mil para sete mil soldados no país.

O aumento do número de militares "permitirá proteger os locais de culto" no fim de semana em que se assinala o Dia de Todos os Santos a 1 de novembro, que assim como em Portugal é feriado em França.

Recorde-se que este ataque ocorre pouco tempo depois de um professor francês ter sido assassinado após ter mostrado caricaturas de Maomé numa aula. Já na sua reação na altura, Macron tinha frisado que continuaria a defender a liberdade de expressão, incluindo a publicação de caricaturas.

Os ânimos estão por isso exaltados entre França e o mundo islâmico, que tem multiplicado as mensagens contra o país europeu e o seu Presidente.

Ainda esta quarta-feira, o Governo da Turquia afirmou que iria tomar medidas legais e diplomáticas depois de o jornal satírico francês Charlie Hebdo ter publicado uma caricatura do Presidente turco Recep Tayyip Erdogan.

No cartoon, Erdogan está deitado numa cama, de camisa e cuecas, com uma bebida na mão, junto a uma mulher islâmica que aparece parcialmente nua.