A Polícia Judiciária (PJ) foi condecorada esta terça-feira, com a Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República. De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, o corpo superior de polícia criminal necessita de ter "meios capazes, atualizados, operacionais e eficazes", segundo informação veiculada pela agência Lusa.
A atribuição desta ordem, cujo lema é a vontade de bem fazer, coincidiu com a cerimónia solene comemorativa dos 75 anos da PJ. Neste evento, onde estiveram presentes o primeiro-ministro, António Costa, e a ministra da Justiça, Francisca van Dunem, discursou Luís Neves.
O diretor nacional da PJ prometeu um reforço do combate à corrupção e à restante criminalidade económico-financeira, tendo sublinhado que Portugal "não é um país corrupto" nem as instituições nacionais "são corruptas". "Sim, há corruptos", expressou o dirigente, esclarecendo que "não haverá impunidade" para os crimes que "minam a economia" portuguesa.
"Os tempos que se avizinham não são fáceis, mas não enjeitamos as responsabilidades", salientou Luís Neves, sendo que realçou também os valores de "integridade, imparcialidade, coragem e seriedade" seguidos pela PJ. O diretor evocou o facto de o atual Governo ter aprovado o novo Estatuto e a nova Lei Orgânica da polícia de investigação criminal.
Naquilo que diz respeito à cibercriminalidade, o diretor nacional da PJ alertou a necessidade existente de combater este crime assim como os de tráfico de armas, de droga e o de terrorismo que surgem com "novas roupagens". "A PJ é um investimento seguro" porque há "um retorno garantido" disse ainda Luís Neves.