Milhares saem à rua para homenagear professor decapitado

Milhares saem à rua para homenagear professor decapitado


Professor que mostrou um cartoon do profeta Maomé foi decapitado. Milhares foram para as ruas de França mostrar o seu desagrado.


Milhares de franceses deslocaram-se para as ruas para homenagear Samuel Paty, professor encontrado decapitado, na última sexta-feira, perto de uma escola em Conflans Saint-Honorine, nos subúrbios de Paris, por ter exibido durante uma aula caricaturas do profeta Maomé.

Os responsáveis dos principais partidos políticos, associações e sindicatos manifestaram-se em Paris e em em outras cidades incluindo Lyon, Toulouse, Estrasburgo, Nantes, Marselha, Lille e Bordéus.

Esta manifestação acontece depois de no sábado várias centenas de pessoas se terem reunido em Nice e em Rennes para denunciarem o “ato de barbárie” e defender “os valores da democracia”. Nesta manifestação foram exibidos cartazes que diziam: “Eu sou um professor”.

Uma homenagem nacional será prestada na quarta-feira em coordenação com a família do professor assassinado, anunciou a Presidência da República sem especificar o local.
O líder dos deputados republicanos, Damien Abad, sugeriu que o corpo do professor fosse transferido para o Panteão. 

Suspeitos detidos Desde sexta-feira à noite, foram detidas e colocadas sob custódia policial 11 pessoas. O principal suspeito do crime, segundo as autoridades, é pai de um dos alunos. Este foi abatido pela polícia, em Eragny, depois de ter sido encontrado perto da escola com uma arma branca e ameaçou os agentes, que acabaram por disparar sobre ele. 
A identidade do agressor, trata-se de um russo checheno de 18 anos, nascido em Moscovo, sem antecedentes criminais.

O jovem atacou Paty quando ele saía da escola, decapitando-o com um grande cutelo de cozinha.

Segundo a AFP, o avô e o irmão mais novo (17 anos) do assassino foram detidos assim como três pessoas do círculo não familiar do suposto agressor. 

De acordo com os elementos revelados pelo promotor antiterrorista Jean-François Ricard, o professor de história tinha organizado com os seus alunos um debate como parte das aulas de educação cívica, durante o qual mostrou caricaturas do profeta Maomé.