PJ desmantela rede criminosa que branqueou mais de 10 milhões de euros em burlas informáticas

PJ desmantela rede criminosa que branqueou mais de 10 milhões de euros em burlas informáticas


Foram realizadas mais de 40 buscas (domiciliárias e não domiciliárias), tendo sido detidas 20 pessoas e apreendidos diversos elementos de prova, na Letónia, Bulgária, Reino Unido, Espanha e Itália.


A Polícia Judiciária desmantelou uma rede criminosa que branqueou mais de 10 milhões de euros, através de burlas informáticas cometidas por todo o mundo, anunciaram as autoridades esta quinta-feira.

A operação foi levada a cabo através da ação concertada dos vários países participantes. “Sob a coordenação da Europol, Portugal, juntamente com os EUA, liderou e desencadeou uma operação policial de larga escala, designada por ‘Operação 2BaGoldMule’, que contou ainda com os seguintes países: Áustria, Itália, República Checa, Bulgária, Polónia, Geórgia, Espanha, Suíça, Suécia, Letónia, Reino Unido, Bélgica, Alemanha e Austrália”, lê-se no comunicado da PJ.

As autoridades revelaram que a organização criminosa era composta por algumas dezenas de indivíduos, todos estrangeiros, e terá sido responsável pelo branqueamento de mais de dez milhões de euros, provenientes da prática de cibercrimes, em várias partes do mundo, mas em especial na Europa e nos EUA.

Foram realizadas mais de 40 buscas (domiciliárias e não domiciliárias), tendo sido detidas 20 pessoas e apreendidos diversos elementos de prova, na Letónia, Bulgária, Reino Unido, Espanha e Itália.

Durante a investigação, a Policia Judiciária fez deslocar à Letónia uma equipa de investigadores que em colaboração com as autoridades policiais e judiciais daquele país, procedeu à detenção de cinco indivíduos daquela nacionalidade, dando cumprimento a Mandados de Detenção Europeu. Igual procedimento ocorreu na Polónia, onde também foi detido um indivíduo, cujo perfil e dados obtidos o colocam na cúpula desta organização criminosa com atividade em Portugal.

“Estes detidos foram extraditados para Portugal nas semanas subsequentes às detenções, e presentes a interrogatório judicial, foi-lhes aplicada a medida de coação de prisão preventiva”, informou ainda a PJ.