Cristiano Ronaldo assinou “termo de responsabilidade” antes de deixar Portugal

Cristiano Ronaldo assinou “termo de responsabilidade” antes de deixar Portugal


Graça Freitas garantiu que jogador foi tratado como qualquer outro cidadão infetado.


A conferência de imprensa das autoridades de saúde, esta quarta-feira, dia em que se atingiu um novo recorde de infeções diárias acabou por ficar também marcada pelo tema Cristiano Ronaldo.

A diretora-geral da Saúde garantiu que o jogador foi tratado como qualquer outra pessoa com covid-19. "Aplicam-se aos jogadores da seleção o que se aplica a qualquer cidadão que esteja em Portugal", sublinhou Graça Freitas.

No caso de um cidadão infetado, "o transporte em condições de segurança fica inteiramente a cargo da pessoa e, de resto, é tratado exatamente como outra pessoa", adiantou Graça Freitas, referindo-se não só a Cristiano Ronaldo, mas também a Anthony Lopes e José Fonte que, assim como CR7,viajaram para os países onde jogam.

No caso de uma viagem, o procedimento é igual para todos, ou seja a pessoa em causa tem de tratar de um transporte, ser submetido a uma avaliação pelas autoridades de saúde e assinar uma declaração em que assume "um termo de responsabilidade", em como vai fazer um período de isolamento, explicou a diretora-geral da saúde.

Sublinhe-se que no caso de Cristiano Ronaldo, o transporte para Turim, a cidade da Juventus, está ser feito por um avião-ambulância.

À DGS cabe ainda informar as autoridades de saúde do país de destino, neste caso Itália, sobre o estado de saúde do doente, que passa a ficar sob responsabilidade destas.

Graça Freitas foi ainda confrontada com o facto de os restantes jogadores da seleção nacional não estarem a cumprir isolamento profilático, ao que a responsável explicou que o inquérito epidemiológico que está a ser feito pelas autoridades de saúde "ainda não terminou".

Tal avaliação "pode decorrer em dois tempos”, “uma preliminar e uma mais minuciosa", e é nesta última que se podem ir "descobrindo os contactos de alto e baixo risco".

Por outro lado, a diretora-geral admitiu que “pode ter havido alguma falha”, mas lembrou que “de qualquer maneira estes cidadãos não estão em comunidade", estão "a viver numa bolha na cidade do futebol".

E garantiu: "vão ser aplicadas as mesmas regras se as autoridades de saúde chegarem à conclusão de que houve contactos de alto risco" entre os jogadores da seleção.

Sobre o risco de contágios durante o jogo, Graça Freitas adiantou ainda que se os atletas estiverem assintomáticos e testarem negativo, a possibilidade de transmissão é "infinitamente pequena".