Orçamento. PCP admite qualquer sentido de voto, mas recusa chantagens e pressões

Orçamento. PCP admite qualquer sentido de voto, mas recusa chantagens e pressões


Comunistas consideram que algumas respostas do governo às suas exigências foram feitas de forma parcial e limitada. Não há decisão sobre o sentido de voto para já, mas PCP deixou muitas críticas. O PEV também deixou tudo em aberto.


O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, considerou esta terça-feira que o governo atendeu a algumas propostas do seu partido de "forma parcial e limitada". Os comunistas irão dar resposta global à proposta de Orçamento do Estado para 2021, mas recusam "chantagens" ou pressões".

"O PCP admite qualquer sentido de voto, vamos fazer uma análise mais detalhada do OE para ver se há correspondência do anúncio das intenções e do que consta realmente do Orçamento do Estado”, declarou o deputado João Oliveira no Parlamento.

Os comunistas não revelaram, assim, o seu sentido de voto, mas voltaram a criticar o facto de o PS não se conseguir libertar de condicionamentos e opções da "política de direita". 

Do lado dos Verdes, também José Luís Ferreira deixou tudo em aberto para a direção do partido avaliar. Os Verdes registaram que algumas propostas do PEV foram acolhidas na proposta de Orçamento, mas José Luís Ferreira realçou que foram "poucas", a saber, por exemplo, a proibição de empresas "ligadas a offshores" terem acesso a apoios públicos. 

Muito aquém do desejado, para o PEV, ficou a medida de apoio extra para quem não tem qualquer apoio. O PEV queria um apoio ao longo de 2021, por um ano, e não apenas por seis meses. Este foi apenas um exemplo das medidas que o PEV apontou como insuficientes.