“Todos os que trabalham a tempo inteiro devem receber um salário mínimo que permita uma vida decente”. Este foi o tiro de partida dado por Ursula von der Leyen, quando foi eleita presidente da Comissão Europeia, em julho do ano passado. O salário mínimo – bem como o desemprego – eram, aliás, assuntos que a responsável prometia deixar não esquecer. Mais de um ano depois, continua a ser assim. Pelo menos é o que a presidente da Comissão Europeia deu a entender ao garantir que vai propor em breve um quadro legal com vista a garantir um salário mínimo para todos os cidadãos na Europa.
“Esta é a nova geração Europa, é a nossa oportunidade de fazer que as coisas aconteçam, não só por imposição ou catástrofe, mas criando oportunidades para o dia de amanhã”, defendeu.
Recorde-se que a presidente da Comissão Europeia Von der Leyen tem defendido o salário mínimo em todos os países – há seis países onde não existe – e menos discrepâncias nos valores entre países.
Em Portugal, o aumento do salário mínimo está a ser debatido mas há empresários portugueses que defendem que o salário não aumente devido às perdas da pandemia (ver páginas 12/13). “Os empresários têm estado a sofrer com o clima de instabilidade que continuamos a viver e um aumento do salário mínimo neste momento faz com que tenham de assumir novos compromissos e devido ao medo e incerteza do futuro acabam por ver esta medida como prejudicial”, diz ao i Henrique Tomé, analista da corretora XTB. E defende que “o papel do Estado será importante neste tipo de questões, pois, deverá apoiar as empresas e manter os estímulos no setor privado”.
E no resto da Europa? A verdade é que os analistas têm defendido que esta ideia não se realiza de um dia para o outro até porque a diferença salarial nos vários países da Europa é elevada.
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