Ferencváros. O velho fidalgo bate à porta  do palácio  que foi seu…

Ferencváros. O velho fidalgo bate à porta do palácio que foi seu…


Começou ontem a disputar o direito de se apresentar na fase de grupos da Liga dos Campeões um dos clubes mais fantásticos da Europa.


O tempo mudou e o futebol com ele. E muito. Novos clubes surgiram no mapa da Europa, países antigamente pouco vocacionados para o jogo em si, mas também para o profissionalismo crescente e inevitável, fizeram esquecer outros clubes que deveriam ser inesquecíveis. O Ferencváros é um deles. Ontem começou a disputar a hipótese de chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões e muitos são aqueles que ignoram a sua grandeza: 31 vezes campeão da Hungria, 23 vezes vencedor da Taça, uma vez vencedor da Taça das Cidades com Feira (mais uma final perdida), uma vez finalista da Taça das Taças, dois triunfos na Copa Mitropa (quatro finais perdidas) e outro na Taça Challenge (uma final perdida) – é, sem dúvida, um currículo tremendo para o clube fundado em 1900 no 9.o bairro da cidade de Peste.

Chamam-lhes as águias verdes. No tempo em que o futebol do centro da Europa vivia anos-luz avançado em relação ao dos países periféricos – os ingleses desprezavam a possibilidade de participar em competições internacionais por se considerarem bons demais para tal – começaram a surgir provas também elas caídas no poço fundo do olvido. A Challenge Cup, por exemplo, colocava em disputa os campeões de todos os países que faziam parte do Império Austro-Húngaro e durou entre 1897 e 1911. A Copa Mitropa, fundada em 1927, foi a inspiração para a Taça dos Campeões Europeus, surgida 30 anos mais tarde, pondo frente a frente os campeões dos países do centro da Europa e ganhando uma popularidade que hoje é difícil de imaginar.

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