Em Portugal muito se discute sobre os mais variados temas que aparecem na órbita das redes sociais e, como é normal, os argumentos extremam-se. A propósito de um dos últimos, o da disciplina de Cidadania, Sérgio Sousa Pinto esteve brilhante num debate na SIC Notícias com Daniel Oliveira e, confesso, já não me ria assim com a televisão há muito tempo. Adoro quando os papéis se invertem e o atacante é atacado. Já agora, é óbvio que ambos os lados sabem qual a matéria que tanto os divide, mas ninguém tem coragem para o dizer publicamente. Digamos que andam à volta do assunto, dão a volta à arena, mas evitam explicar publicamente qual é o problema nessa matéria. Mas, enfim. Hoje quero falar num assunto relacionado com a cidadania que nos devia preocupar a todos, em vez de andarmos a discutir se quando alguém nasce já sabe, psicologicamente, se é menino ou menina – um disparate completo, como é óbvio. Nascemos meninos ou meninas e depois com os anos é que alguns se sentem no corpo errado. E é aí que devemos respeitar as opções de cada um. Voltando à cidadania, irrita-me solenemente que possamos pactuar com certas situações, mesmo que amigos nossos – médicos, enfermeiros, auxiliares ou mulheres a dias – estejam envolvidos. “Precisas de máscaras ou de gel desinfetante?”, foi uma pergunta que ouvi tanto nos últimos dias que me deixou perplexo. A pergunta, na maioria das vezes, não me foi dirigida, mas ouvi-a várias vezes e fiquei incrédulo com algumas respostas.
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