O regresso às aulas e as viroses


Sabemos que não devemos enviar as crianças doentes para as escola, mas no meio disto parece faltar alguma informação


O regresso às aulas costuma trazer as primeiras “viroses”, sobretudo nos miúdos mais novos, e este ano não seria exceção. Para mais com a mudanças de temperaturas, estão aí as tosses e espirros, este ano com a carga da covid-19 e todos a tentar perceber como gerir o melhor possível a situação e fazer o que é responsável.

Do SNS24, a indicação é que uma nova tosse é considerada uma possível suspeita de covid-19 e são dados os conselhos para manter as crianças em isolamento, até o contacto para uma nova avaliação, o que dizem que pode levar até três dias. Sabemos que não devemos enviar as crianças doentes para a escola, mas no meio disto parece faltar alguma informação e o referencial, que ajuda a gerir casos suspeitos, podia ter incluído informação para os pais e para as farmácias, que vão dizendo que é o normal, mas insistem para ligar para o SNS24. A partir daí é esperar. Estamos no início e mais informação só evitará idas evitáveis aos centros de saúde e às urgências, o que todo os invernos já é uma batalha (demasiadas vezes perdida). 

Alguns pais acabam por ir fazer o teste por sua conta, para se descansar a si próprios, às famílias e às escolas, gastando do próprio bolso os 100 euros que as clínicas cobram pela análise, um negócio que banaliza o que deve ser um ato médico e pode dar falsa sensação de segurança. E que não há carteira que aguente.

Estamos no início do ano letivo e com certeza haverá espaço para ajustes, mas importa que o sistema seja célere. Um miúdo com tosse ou outros sintomas quanto tempo fica em casa? Faz o teste da covid-19, não faz? Por que não é automática a justificação para o emprego e para a escola no primeiro contacto para o SNS24, quando se determina que é um caso suspeito? 

É uma ilusão pensar que todos têm condições ou margem de manobra para ficar em casa sem qualquer justificação, mesmo que seja por um dia.

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