Sob o peso do calor


Espaços vazios no areal, para sul, em direção à Costa Nova, uma vontade que vem lá do fundo de adiar o regresso ao ramerrame da vida-vidinha, agora cada vez mais vidinha e menos vida, esperando todos nós não sei o quê, ao certo, mas pelo menos que não nos reduzam novamente ao cárcere da casa…


Quando cheguei à praia, as gaivotas estavam pousadas na areia como se o peso da canícula as impedisse de voar. O mar, estranhamente calmo, espelho do céu, algumas nuvens escuras junto ao horizonte a ameaçar trovoadas, setembro que caminha para o fim embrulhado naquela melancolia de todo o tempo que teremos de esperar para que o verão regresse outra vez, trazendo consigo aquela sensação de pertencermos à infância como a um país. Espaços vazios no areal, para sul, em direção à Costa Nova, uma vontade que vem lá do fundo de adiar o regresso ao ramerrame da vida-vidinha, agora cada vez mais vidinha e menos vida, esperando todos nós não sei o quê, ao certo, mas pelo menos que não nos reduzam novamente ao cárcere da casa e da rua, país fechado de gente fechada na cadeia incontrolável da solidão. 

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Sob o peso do calor


Espaços vazios no areal, para sul, em direção à Costa Nova, uma vontade que vem lá do fundo de adiar o regresso ao ramerrame da vida-vidinha, agora cada vez mais vidinha e menos vida, esperando todos nós não sei o quê, ao certo, mas pelo menos que não nos reduzam novamente ao cárcere da casa…


Quando cheguei à praia, as gaivotas estavam pousadas na areia como se o peso da canícula as impedisse de voar. O mar, estranhamente calmo, espelho do céu, algumas nuvens escuras junto ao horizonte a ameaçar trovoadas, setembro que caminha para o fim embrulhado naquela melancolia de todo o tempo que teremos de esperar para que o verão regresse outra vez, trazendo consigo aquela sensação de pertencermos à infância como a um país. Espaços vazios no areal, para sul, em direção à Costa Nova, uma vontade que vem lá do fundo de adiar o regresso ao ramerrame da vida-vidinha, agora cada vez mais vidinha e menos vida, esperando todos nós não sei o quê, ao certo, mas pelo menos que não nos reduzam novamente ao cárcere da casa e da rua, país fechado de gente fechada na cadeia incontrolável da solidão. 

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