Drones. Força Aérea justifica atrasos com “complexidade” do processo

Drones. Força Aérea justifica atrasos com “complexidade” do processo


Os drones de vigilância comprados pelo Governo por 4,5 milhões ainda estão em fase de testes. Força Aérea confirma 31 de agosto para o início das operações. E justifica atrasos com questões técnicas e a partilha com GNR e ANEPC.


O sistema de 12 drones que o Governo adquiriu por 4,5 milhões de euros para vigiar as florestas durante o período crítico de incêndios – este ano, entre 1 de julho e 30 de setembro – encontra-se, neste momento, em fase de testes e correções, que decorrem no Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea (CFMTFA), na Ota, nas bases da Lousã, Macedo de Cavaleiros e Foia, a partir das quais vai operar, e ainda em Beja (escolhida como base alternativa), confirmou ao i a Força Aérea. 

A entidade justifica os atrasos com questões técnicas relativas ao equipamento, mas também com o trabalho de coordenação que tem sido desenvolvido com as entidades com quem vai ser partilhado o controlo do sistema:a GNR e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Depois de o jornal SOL ter divulgado, na sua edição de sábado, que os drones só deverão estar operacionais a partir de 31 de agosto – continuando por aparecer depois de há muito terem sido ultrapassados os prazos, de junho e julho, previstos e anunciados pelos ministérios do Ambiente e da Defesa –, a Força Aérea confirmou oficialmente a informação. “[Prevê-se] que o nível de ambição estabelecido seja alcançado até 31 de agosto”, refere a nota assinada pelo tenente-coronel Manuel Costa, porta-voz e chefe do gabinete de relações públicas da Força Aérea. Porém, mesmo que a data se confirme, sem mais atrasos, a verdade é que já terão passado, por essa altura, pelo menos dois terços da fase classificada pelo Governo como a mais crítica dos fogos. 

 Ao i, o atraso é justificado com o facto de cada um dos 12 drones precisar de cumprir voos de qualificação, que podem incluir a necessidade de serem efetuados acertos técnicos e que servem para confirmar os requisitos dos aparelhos previsto no caderno de encargos, em contexto real. Os voos de qualificação decorrem na Ota e “tiveram início a 11 de julho, tendo sido efetuadas, até ao momento, mais de 50 horas de voo, nas modalidades de voo asa fixa e descolagem/aterragem vertical”, informou a Força Aérea, que acrescenta que “a 27 de julho foi iniciada a operação na Lousã, tendo sido realizadas, até 21 de agosto, mais de 54 horas de voo, estando em pleno funcionamento o processo de coordenação e a plataforma de partilha de vídeo em tempo real com a GNR e a ANEPC”.

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