Nas primeiras três edições da Taça dos Campeões, Portugal esteve representado pelas suas três principais equipas, algo de curioso, naturalmente. Já trouxe aqui as presenças de Sporting, em 1955, embora por convite, pois não fora campeão nacional no ano anterior – eliminado na primeira ronda pelo Partizan de Belgrado com 3-3 no Estádio Nacional e 2-5 na então Jugoslávia –, e FC Porto, em 1956, eliminado também logo à primeira pelo Athletic Bilbao: 1-2 e 2-3. Em 1957, o Benfica não fugiu à regra. O sorteio mandou que defrontasse o Sevilha, campeão de Espanha, que se juntava ao Real Madrid na prova em que os madrilenos se apresentavam como campeões da Europa.
No dia 19 de setembro de 1957, pelas sete da manhã, a comitiva benfiquista embarcava num avião especial da TAP em direção à capital da Andaluzia. O treinador, Otto Glória, sentia-se confiante. “O Benfica tem um jeito especial para defrontar equipas estrangeiras”, dizia ele, recordando-se das participações na Taça Latina e de uma recente vitória sobre o Barcelona num jogo amigável. Mas a Taça dos Campeões era outra loiça, como os encarnados iriam perceber no dia seguinte. A velocidade imposta pelos jogadores do Sevilha durante os 90 minutos do Estádio de Nervión desfez a resistência dos lisboetas, sobretudo através dos lances conduzidos pelos três P: Pepín, Pepillo e Pahuet. No meio-campo dos encarnados, Pegado e Caiado não conseguiam dominar os acontecimentos e viam-se ultrapassados com relativa facilidade. Ainda assim, houve uma reação forte ao golo inaugural de Pahuet, logo no primeiro minuto do segundo tempo. Palmeiro empatou aos 49 e fez com que os adeptos sevilhanos se recordassem de que o Benfica tinha feito uma exibição notável em Chamartín, face ao Real Madrid, uns meses antes, na final da Taça Latina, vendendo cara a derrota por 0-1. Mas, à medida que o tempo passava, o cansaço dos portugueses era notório. Antoniet (59 m) e Pepillo (79 m) estabeleceram um 1-3 final que não deixava grandes hipóteses para recuperação em Lisboa.
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