O dia seguinte da Juventude


Precisamos de tempos em que os governos não procurem a estatização das pessoas e das suas liberdades.


A agenda mundial indica 12 de Agosto como o dia Internacional da Juventude, que este ano, devido às circunstâncias pandémicas, se torna sombrio. Contudo, este dia simbólico pode e deve ser o momento para rasgar a escuridão e trilhar um caminho de oportunidades, concedendo rumo e esperança para as novas gerações. 

O ambiente político e social, à escala global, colocou à prova todas as gerações sem excepção. Avós e netos, pais e filhos viram-se a braços com uma realidade para qual não estavam naturalmente preparados. Nesta hora difícil para todos, a carga emocional do confinamento, o distanciamento social, o afastamento das rotinas, tradições e hábitos, estabeleceram uma “cortina de ferro” que separou famílias, afastou pessoas e diluiu laços comunitários fundamentais. Esta cortina cavou a solidão e expôs muitíssimas fragilidades colectivas. A suspensão das nossas vidas e a incerteza quanto ao amanhã impulsionaram a escuridão do transtorno, fazendo crer que cada um de nós, sem pedido, nem autorização, se tornou participante de uma qualquer sequela distópica de Hollywood.

 Mas se o Mundo é afectado globalmente e a transversalidade geracional do impacto é incontestável, o dia seguinte ao COVID não narrará, como já não narra, uma história sequer próxima disso. Por um lado, a Humanidade terá, daqui em diante, desafios e ritmos distintos, não bastando a solidariedade internacional, pois se cada país não fizer o que lhe compete a sangria socio-económica será de uma dureza sem precedentes. Por outro lado, o dia depois de amanhã da juventude será o mais árduo de todas as gerações. Serão as faixas etárias mais novas as destinatárias dos maiores obstáculos e desafios do presente para o futuro. 

Aos jovens cabe-lhes uma missão e aos políticos uma prioridade. Aos primeiros a missão de agarrar o tempo corrente com espírito de sacrifício, superação, coragem, trabalho e mérito, olhando para cada oportunidade com a garantia que os tempos vindouros serão sempre consequência das opções de hoje. E quanto aos políticos? Esses devem assumir as gerações actuais e vindouras como prioridade transversal das políticas públicas que assumam, sendo insuficiente um mero catálogo de vontades ou a criação de gerações subsídio-dependentes. No assegurar da solidariedade intergeracional é imprescindível dar voz à juventude e torná-la livre nas suas escolhas e no projecto de vida que cada um deseje ter. 

A educação terá um papel preponderante enquanto elevador social e ferramenta de desenvolvimento do país. A formação dos jovens será sempre a grande plataforma de competitividade, porque o conhecimento é , cada vez mais, o recurso mais importante,  num mundo bélico e numa economia assente em matérias, onde se evidencia um ecossistema vocacionado para uma economia firmada no conhecimento.

A família continuará a ser a base insubstituível da sociedade, sendo o núcleo fundamental em que repousa toda a organização social e que merece dos governos uma aposta inequívoca na protecção destas unidades, enquanto morada e património dos valores que todos partilhamos, na renovação geracional e no garante da sua própria sustentabilidade. 

A economia humanizada e não selvagem, capaz de reconhecer o mérito e o valor do trabalhador e a resiliência do empresário será preponderante para a nossa recuperação. Precisamos de tempos em que os governos não procurem a estatização das pessoas e das suas liberdades, nem saqueiem o seu suor com impostos úteis apenas para aqueles que abusivamente dependem do Estado. 

Por último, a construção de um destino com perspectivas de esperança para aa juventude só será compatível com uma nova vaga de figuras e convicções no ocupar do poder. Uma classe política que prestigie integralmente todas as gerações de portugueses, que se empenhe na promoção da transparência política, nos combates ao compadrio e à corrupção, zelando que os jovens possam chegar os lugares de decisão e primando por um fôlego que nos faça acreditar que vale sempre a pena procurar deixar o Mundo um pouco melhor do que o encontrámos. Este será o dia seguinte da juventude…

Presidente da Juventude Popular

O dia seguinte da Juventude


Precisamos de tempos em que os governos não procurem a estatização das pessoas e das suas liberdades.


A agenda mundial indica 12 de Agosto como o dia Internacional da Juventude, que este ano, devido às circunstâncias pandémicas, se torna sombrio. Contudo, este dia simbólico pode e deve ser o momento para rasgar a escuridão e trilhar um caminho de oportunidades, concedendo rumo e esperança para as novas gerações. 

O ambiente político e social, à escala global, colocou à prova todas as gerações sem excepção. Avós e netos, pais e filhos viram-se a braços com uma realidade para qual não estavam naturalmente preparados. Nesta hora difícil para todos, a carga emocional do confinamento, o distanciamento social, o afastamento das rotinas, tradições e hábitos, estabeleceram uma “cortina de ferro” que separou famílias, afastou pessoas e diluiu laços comunitários fundamentais. Esta cortina cavou a solidão e expôs muitíssimas fragilidades colectivas. A suspensão das nossas vidas e a incerteza quanto ao amanhã impulsionaram a escuridão do transtorno, fazendo crer que cada um de nós, sem pedido, nem autorização, se tornou participante de uma qualquer sequela distópica de Hollywood.

 Mas se o Mundo é afectado globalmente e a transversalidade geracional do impacto é incontestável, o dia seguinte ao COVID não narrará, como já não narra, uma história sequer próxima disso. Por um lado, a Humanidade terá, daqui em diante, desafios e ritmos distintos, não bastando a solidariedade internacional, pois se cada país não fizer o que lhe compete a sangria socio-económica será de uma dureza sem precedentes. Por outro lado, o dia depois de amanhã da juventude será o mais árduo de todas as gerações. Serão as faixas etárias mais novas as destinatárias dos maiores obstáculos e desafios do presente para o futuro. 

Aos jovens cabe-lhes uma missão e aos políticos uma prioridade. Aos primeiros a missão de agarrar o tempo corrente com espírito de sacrifício, superação, coragem, trabalho e mérito, olhando para cada oportunidade com a garantia que os tempos vindouros serão sempre consequência das opções de hoje. E quanto aos políticos? Esses devem assumir as gerações actuais e vindouras como prioridade transversal das políticas públicas que assumam, sendo insuficiente um mero catálogo de vontades ou a criação de gerações subsídio-dependentes. No assegurar da solidariedade intergeracional é imprescindível dar voz à juventude e torná-la livre nas suas escolhas e no projecto de vida que cada um deseje ter. 

A educação terá um papel preponderante enquanto elevador social e ferramenta de desenvolvimento do país. A formação dos jovens será sempre a grande plataforma de competitividade, porque o conhecimento é , cada vez mais, o recurso mais importante,  num mundo bélico e numa economia assente em matérias, onde se evidencia um ecossistema vocacionado para uma economia firmada no conhecimento.

A família continuará a ser a base insubstituível da sociedade, sendo o núcleo fundamental em que repousa toda a organização social e que merece dos governos uma aposta inequívoca na protecção destas unidades, enquanto morada e património dos valores que todos partilhamos, na renovação geracional e no garante da sua própria sustentabilidade. 

A economia humanizada e não selvagem, capaz de reconhecer o mérito e o valor do trabalhador e a resiliência do empresário será preponderante para a nossa recuperação. Precisamos de tempos em que os governos não procurem a estatização das pessoas e das suas liberdades, nem saqueiem o seu suor com impostos úteis apenas para aqueles que abusivamente dependem do Estado. 

Por último, a construção de um destino com perspectivas de esperança para aa juventude só será compatível com uma nova vaga de figuras e convicções no ocupar do poder. Uma classe política que prestigie integralmente todas as gerações de portugueses, que se empenhe na promoção da transparência política, nos combates ao compadrio e à corrupção, zelando que os jovens possam chegar os lugares de decisão e primando por um fôlego que nos faça acreditar que vale sempre a pena procurar deixar o Mundo um pouco melhor do que o encontrámos. Este será o dia seguinte da juventude…

Presidente da Juventude Popular