Airbnb. A pandemia veio para ficar e o alojamento local não quer desaparecer

Airbnb. A pandemia veio para ficar e o alojamento local não quer desaparecer


Brian Chesky, CEO da Airbnb, antevê mudanças no mercado do alojamento local. “Veremos grupos menos vinculados a uma cidade e que vão querer morar ao redor do mundo. Vamos oferecer-lhes a possibilidade de estadias mais longas”, diz.


“As viagens mudaram para sempre”. O vaticínio é de Brian Chesky, cofundador e presidente executivo da Airbnb. O empresário norte-americano, de 38 anos, parecia ter em mãos um negócio sem limites mas, hoje, não tem dúvidas de que a pandemia veio alterar a forma de se fazer turismo, invertendo por completo a lógica que popularizou à escala global a empresa que ajudou a criar e lidera há precisamente 12 anos. 

“As tensões em torno do excesso de turismo [nas cidades] vão diminuir, porque os inquilinos serão locais. O desejo dos viajantes de evitarem as grandes cidades também ajudará”, disse Chesky ao Sunday Times. Mas, pese embora esta constatação, o CEO da Airbnb recusa-se, simplesmente, a atirar a toalha ao chão, preparando-se uma vez mais para se antecipar às mudanças que se avizinham, adaptando a plataforma ao mercado. “Veremos grupos menos vinculados a uma cidade e que vão querer morar ao redor do mundo. Vamos oferecer-lhes a possibilidade de estadias mais longas”, refere. A aposta passará muito por um conceito generalizado de teletrabalho e permanências mais prolongadas.
Os efeitos práticos das mudanças chegaram logo em maio, quando a empresa anunciou que prevê que as receitas de cerca de 4,5 mil milhões de euros obtidas em 2019 caiam aproximadamente para metade este ano. Em carta enviada aos trabalhadores, Chesky anunciou um corte de 1900 empregos, o que equivale a 25% da equipa.

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