Três dias depois de Hiroshima, Nagasaki, a velha cidade na qual os portugueses começaram as suas tentativas da cristianização do Japão, primeiro porFernão Mendes Pinto, mais tarde, através do missionário JoãoGaspar Vilela e do capitão-mor Tristão Vaz da Veiga, desaparecia da face da Terra. Depois do hediondo dia 6 de agosto, com um total de 166 mil mortos, o dia 9 trouxe de volta a devastação: mais 80 mil.
A destruição dobrou definitivamente a cerviz do orgulhoso Império do Sol Nascente e do seu chefe, Hirohito.Deparavam-se com um mal que ultrapassava todas as cogitações, mesmo as de quem conhecia a realidade dos kamikaze, os ventos divinos e destruidores. Desta vez, enfrentavam o inferno. Através dos Governos suíço e sueco, os japoneses abriram uma ponte diplomática com os Aliados. “OJapão está disposto a aceitar os termos de rendição da Conferência de Potsdam!”, gritavam as manchetes dos jornais. A declaração, emitida no dia 26 de julho de 1945 e assinada por Harry S. Truman, Winston Churchill e Estaline, estabelecia as regras da rendição do Japão. Caso contrário, a ameaça estava igualmente aposta em letra de forma: “Destruição rápida e total!”
Leia o artigo completo na edição impressa do jornal i. Agora também pode receber o jornal em casa ou subscrever a nossa assinatura digital.