Operação Cascais. Marcelo Rebelo de Sousa nega envolvimento na alegada mudança de Juan Carlos para Portugal

Operação Cascais. Marcelo Rebelo de Sousa nega envolvimento na alegada mudança de Juan Carlos para Portugal


O Chefe de Estado apelidou a notícia de um “disparate” 


O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu, este domingo, à notícia do El Mundo que afirma que este está envolvido na suposta mudança de Juan Castro para Portugal, juntamente com Lili Caneças e João Manuel Brito e Cunha, e negou qualquer envolvimento. “Qualquer pessoa minimamente inteligente e sensata” perceberia que o chefe de Estado seria a "última pessoa" a estar envolvida na questão do rei emérito de Espanha, afirmou o PR numa vista à cidade de Silves, no distrito de Faro, em declarações aos jornalistas.

O Chefe de Estado apelidou a notícia de um "disparate" e disse que o Presidente da República não se pode envolver nestas questões, visto tal poder criar problemas “com o rei Felipe VI” quer com a “soberania constitucional do estado espanhol e nas relações fraternais entes os dois países e os dois povos”.

Questionado sobre uma mudança de Juan Carlos para Portugal, o Presidente da República disse, esta terça-feira, ter conhecidmento de qualquer eventual deslocação do rei emérito espanhol Juan Carlos para Portugal e diz ter apenas informações sobre aquilo que ve “na comunicação social”. “Havia uma resposta politicamente correta que era dizer que não deveria comentar […], mas vou mais longe, porque verdadeiramente não sei e penso que as autoridades portuguesas também não têm conhecimento sobre essa matéria”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. 

Confrontada com a possibilidade de o pai de Felipe VI regressar a Portugal, a PSP revelou ao SOL que seguirá todos os protocolos definidos para estes casos, ainda que tenha querido manter toda a discrição. “A PSP mantém reserva sobre a presença ou ausência de altas entidades em território nacional. A atribuição de equipas operacionais e a execução, pela PSP, de missões de segurança pessoal, seguem os protocolos e os procedimentos definidos, resultando da categoria das altas entidades e da análise do grau de ameaça e risco, em contextos concretos”, esclareceu.