Médias dos exames nacionais sobem mas há duas exceções

Médias dos exames nacionais sobem mas há duas exceções


Únicas descidas registaram-se em Geometria Descritiva A e Matemática Aplicada às Ciências Sociais.


As alterações feitas nos enunciados dos exames nacionais do ensino secundário, devido à pandemia de covid-19, podem ter sido a chave para os bons resultados. Com questões opcionais – além das perguntas de resposta obrigatória –, as provas da 1ª fase registaram uma subida nas notas em quase todas as disciplinas, com algumas médias a a subirem até 3,3 valores, tais como Geografia A e Biologia e Geologia, do 11º ano.

Segundo avançou o Ministério da Educação em comunicado, apenas duas disciplinas viram as respetivas médias cair. É o caso de Geometria Descritiva A, do 11º ano de escolaridade, cuja classificação média desceu 2,3 valores, e de Matemática Aplicada às Ciências Sociais, também do 11º ano e a única disciplina que registou uma média negativa de 9,5 – uma descida de 1,5 valores em comparação com 2019.

Já os exames de Português e Matemática A, do 12º ano, registaram um aumento das suas médias, apesar de não muito significativo. A prova de Português, cuja média foi de 12 valores, subiu em apenas 0,2 valores, mas a Matemática A, com uma média de 13,3, contou com um crescimento de 1,8 valores. Também em Física e Química os alunos melhoraram as notas em relação ao ano passado. De acordo com os dados divulgados, a média nesta disciplina subiu 3,2 valores, fixando-se em 13,2.

Ao todo, foram realizados exames nacionais do ensino secundário em 643 escolas de norte a sul do país, incluindo Açores e Madeira. Além disso, contabilizaram-se mais de 227 mil provas, num total de cerca de 257 mil inscrições, correspondendo a 88,6% de alunos presentes – apesar de, logo no primeiro dia de exames nacionais, muitos alunos terem faltado à prova de Português, a 6 de julho.

“Entre as 24 disciplinas sujeitas a exame nacional, a que registou um maior número de provas realizadas foi a de Biologia e Geologia, com 41.460 provas, logo seguida por Física e Química A, com 39.444 provas, Português, com 36.622 provas, e Matemática A, com 35.724 provas”, pode ler-se na nota divulgada, relembrando que, este ano, os exames só contam como prova de ingresso no ensino superior.

E a questão das regras de segurança e higienização devido ao novo coronavírus foram devidamente cumpridas por parte das escolas. Segundo o i já havia apurado, houve alunos a realizar os exames nacionais em pavilhões gimnodesportivos ou até mesmo em cantinas, com o objetivo de facilitar o distanciamento físico. Na Escola Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, em Valadares, os alunos, além de terem desinfetado as mãos à entrada da escola, foram obrigados a fazer nova desinfeção antes da realização dos exames.

Já em Cascais, por exemplo, houve escolas que optaram por colocar indicações no chão para garantir o distanciamento entre alunos e professores – setas que indicavam onde se deveriam posicionar. Tudo correu dentro da normalidade.