O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) reuniu-se, este sábado, por videoconferência. Durante a reunião, o grupo, composto por 18 cientistas, avaliou a evolução da pandemia de covid-19, tendo em conta toda a informação que surgiu nos últimos três meses, quando se realizou a última reunião.
"A pandemia é uma crise sanitária que ocorre uma vez em cada século e os seus efeitos serão sentidos nas décadas seguintes", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao Comité, segundo um comunicado emitido pela organização.
“Muitos países que pensavam que o pior já tinha passado estão agora a enfrentar novos surtos, outros que tinham sido menos afetados estão a ver os casos e os mortos a aumentar, enquanto países que tiveram grandes surtos conseguiram controlá-los", disse o responsável.
O Comité de Emergência dirigiu ainda à OMS algumas recomendações, entre as quais a necessidade de continuar a apoiar países com serviços médicos mais frágeis, assim como a necessidade de continuar a impulsionar as investigações em curso para se encontrar um ou mais tratamentos e vacinas para a covid-19. O Comité defendeu ainda que a distribuição de vacinas deve ser o mais equitativa possível, lembrando que o objetivo é que os países com menos recursos não fiquem de fora por incapacidade de compra.
A OMS referiu poderá ser possível que uma vacina esteja pronta para comercialização "na primeira metade de 2021".