Alvalade. Pais pedem condições de higiene em escola básica

Alvalade. Pais pedem condições de higiene em escola básica


Escola Teixeira de Pascoais está em obras há vários anos. Falta de higiene e segurança preocupa encarregados de educação.


Dois anos depois, as obras de requalificação e beneficiação na Escola Básica Teixeira de Pascoais, em Alvalade, que está metida em contentores desde 2016, recomeçaram. Mas são muitos os encarregados de educação que se queixam das condições de higiene e de segurança para os alunos no próximo ano letivo, que começa já em setembro – tendo em conta a fase de pandemia de covid-19 que Portugal atravessa.

“Existem boas novidades. As obras que demoraram 20 meses a serem concretizadas iniciaram-se no passado dia 13 de julho. A obra está reiniciada, mas estamos com muitos problemas sobre a organização do ano letivo 2020/2021, no contexto do que temos vivido em relação à covid-19”, começou por dizer ao i o representante dos pais e encarregados de educação no Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Alvalade, Pedro Aparício, debruçando-se sobre a falta de qualidade dos monoblocos das instalações sanitárias dos alunos. Em comunicado, a Associação dos Encarregados de Educação da escola pede mesmo o mínimo de condições de higiene, salubridade e segurança para as atividades educativas dos filhos.

“Algumas das estruturas temporárias, como é o caso dos monoblocos das instalações sanitárias dos alunos, apresentam já sinais de que são temporários há demasiado tempo e carecem de substituição urgente. Os alunos vivem diariamente com péssimas condições de salubridade nos WC, de onde é frequente sentir-se um cheiro nauseabundo e de onde, de vez em quando, sai água castanha das torneiras”, pode ler-se na nota divulgada, na qual é também solicitada uma resposta por parte de entidades responsáveis, nomeadamente a Câmara Municipal de Lisboa (CML).

“Cientes do momento crítico que todos vivemos, em termos de saúde pública, acreditamos que os constrangimentos decorrentes da covid-19 irão continuar presentes nas nossas vidas, razão pela qual acreditamos que é urgente que a CML intervenha, no âmbito da suas competências, para que, em setembro de 2020, os alunos, docentes e não docentes possam regressar à escola com a segurança e o conforto que merecem – minimizando-se as deficiências estruturais desta escola”, sublinhou a associação.

O fim das obras de requalificação, recorde-se, tem data prevista para o final de 2021 – depois de terem tido início em março de 2017 e sido interrompidas um ano depois. “A requalificação do edificado e os monoblocos instalados no pequeno recreio servem as funções básicas de uma escola – instalações sanitárias, salas de aula, refeitório – mas, neste momento, o espaço para as salas de aula no edifício principal e espaço exterior disponível para recreio corresponde a menos de metade do espaço previamente existente”, concluiu a associação.