Os achados arqueológicos na cidade de Lisboa têm-se multiplicado nos últimos anos e a preservação do património encontrado obriga os promotores a mudar alguns dos seus projetos.
O terreno em Alcântara do Grupo SIL, perto da nova CUF Tejo, e no qual está previsto nascerem escritórios, residências e comércio, é agora palco de novas descobertas arqueológicas. E há achados inéditos em excelente estado de conservação – onde hoje circulam carros, situava-se há séculos uma zona portuária. Os segredos que ficaram escondidos pela terra são agora desvendados e, segundo avançou ao i a Direção-Geral do Património e Cultura (DGPC), o promotor terá de alterar uma parte do projeto que estava previsto para aquela zona, para que possam ser conservados os achados arqueológicos.
Os especialistas encontraram, segundo a DGPC, um complexo portuário, constituído por docas, cais, um molhe e plataformas de circulação. Este complexo portuário terá funcionado entre os finais do século XVIII e a segunda metade do século XIX e apresenta “um elevado grau de preservação”.
Durante os trabalhos arqueológicos, foi também encontrada uma “ocupação de caráter industrial, constituída por três fases evolutivas cronologicamente balizadas entre os meados da segunda metade do século XIX e a segunda metade do século XX”. Uma dessas fases coincidiu com o funcionamento do complexo portuário encontrado mas, como explicou a DGPC, a expansão das fábricas naquela zona a partir do final do século XIX terá sido um dos motivos para a desativação do complexo portuário agora encontrado.
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