21 de julho de 1947. Macontene e o vátua Maguiguana que fazia nascer pretos da terra

21 de julho de 1947. Macontene e o vátua Maguiguana que fazia nascer pretos da terra


Reuniam-se em Lisboa os únicos quatro oficiais ainda vivos que tinham participado na batalha que pusera fim ao império dos vátuas, em Moçambique. Cinquenta anos antes, comandados por Mouzinho de Albuquerque, tinham terminado com o independentismo de Maguiguana e de Jambul, régulo de Palule, tio do Gungunhana.


“Parecia que da terra nasciam pretos”: a frase é de Mouzinho de Albuquerque, comissário régio. É uma frase bruta, própria de tempos brutos. Mouzinho tinha sido nomeado governador-geral de Moçambique. Ele, o homem que caçara o Gungunhana no dia 28 de dezembro de 1895 e trouxera para o desterro dos Açores o terrível Leão de Gaza. Dois anos mais tarde pôs definitivamente um ponto final no império dos vátuas. Vinte e um de julho de 1897: dia do combate de Macontene. Vinte e um de julho de 1947: os únicos quatro oficiais sobrevivos dessa epopeia reuniam-se em Lisboa para comemorar os 50 anos decorridos sobre a sua façanha.

Chaimite, o local da batalha derradeira contra o Gungunhana, ficou marcado pela vitória. Mas houve dois dos indefetíveis do grande vátua que conseguiram fugir. Um deles era o famoso Maguiguana, fulano incansável que provocava desacatos sem parar e ensaiava emboscadas contínuas sobre as tropas portuguesas, como aconteceu em Mojenga, no dia 19 de outubro de 1896, e por um triz não se transformou numa desgraça. 

Leia o artigo completo na edição impressa do jornal i. Agora também pode receber o jornal em casa ou subscrever a nossa assinatura digital.