“Parecia que da terra nasciam pretos”: a frase é de Mouzinho de Albuquerque, comissário régio. É uma frase bruta, própria de tempos brutos. Mouzinho tinha sido nomeado governador-geral de Moçambique. Ele, o homem que caçara o Gungunhana no dia 28 de dezembro de 1895 e trouxera para o desterro dos Açores o terrível Leão de Gaza. Dois anos mais tarde pôs definitivamente um ponto final no império dos vátuas. Vinte e um de julho de 1897: dia do combate de Macontene. Vinte e um de julho de 1947: os únicos quatro oficiais sobrevivos dessa epopeia reuniam-se em Lisboa para comemorar os 50 anos decorridos sobre a sua façanha.
Chaimite, o local da batalha derradeira contra o Gungunhana, ficou marcado pela vitória. Mas houve dois dos indefetíveis do grande vátua que conseguiram fugir. Um deles era o famoso Maguiguana, fulano incansável que provocava desacatos sem parar e ensaiava emboscadas contínuas sobre as tropas portuguesas, como aconteceu em Mojenga, no dia 19 de outubro de 1896, e por um triz não se transformou numa desgraça.
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