Argentina. Quem chora por Cristina Kirchner?

Argentina. Quem chora por Cristina Kirchner?


Chegou ao poder em 2007, sucedendo ao marido na Presidência da Argentina, e desde então tornou-se uma das mais carismáticas e influentes figuras políticas do país. Contudo, Cristina Kirchner é acompanhada por um rasto de corrupção e misteriosas mortes.


A história da Argentina está recheada de mulheres fortes. Eva Perón (1919-1952), ou Evita, como era carinhosamente conhecida, talvez seja a mais conhecida entre todas estas personagens. Tinha 16 anos quando decidiu partir para Buenos Aires, capital do país, para se tornar atriz. Em 1937 conheceu Juan Domingo Perón e pouco tempo depois casaram-se. Perón tornou-se Presidente da Argentina e Eva a sua primeira-dama.

Graças à sua forte personalidade, por defender os direitos das mulheres e dos trabalhadores, tornou-se um dos símbolos do movimento ideológico peronismo, que junta ideologias de direita e de esquerda e defende a industrialização, o controlo das exportações, o Estado forte, a saúde e a educação públicas, os subsídios sociais, a neutralidade internacional e a integração política e comercial sul-americana.

Saltemos uns anos para a frente, ainda nesta linha ideológica, e encontramos Cristina Kirchner. Começou a surgir na vida política como deputada, senadora e primeira-dama quando o marido, Néstor Kirchner, assumiu a Presidência do país.

No seu melhor, o casal conseguiu reduzir os índices de pobreza do país, prendeu todos aqueles que cometeram crimes durante a Guerra Suja na Argentina e tornou a educação e a saúde acessíveis para todos.

Tudo indicava que Néstor ia prosseguir para um segundo mandato. Contudo, em 2007, afastou-se do poder e apoiou Cristina, que acabou por ser eleita Presidente, tornando-se a segunda mulher a assumir este cargo (a primeira foi Isabel Martínez de Perón, vice-presidente que acabou por se tornou Presidente depois da morte de Juan Domingo Perón) e a primeira a ser eleita.

Néstor Kirchner morreria em 2015, de ataque cardíaco, mas Cristina continuaria a ser Presidente da Argentina por um segundo mandato e manteve-se no poder até 2015.

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