Jack Charlton. Quando a Velha Girafa chorou na noite de Anfield

Jack Charlton. Quando a Velha Girafa chorou na noite de Anfield


Dia 10 de julho partiu o mais velho dos irmãos Charlton. Como jogador, só serviu o Leeds United; como treinador, fez trabalho sério com a Irlanda.


No dia 13 de dezembro de 1995, eu estava em Liverpool para assistir a um encontro com o seu quê de estranho. Portugal apurara-se pela primeira vez desde 1986 para a fase final de uma grande competição, o Europeu de Inglaterra. Faltava decidir entre os dois melhores segundos de todos os grupos de qualificação a última seleção que participaria, 48 horas mais tarde, no sorteio de Birmingham. Uma delas era a Holanda, que fora batida no grupo 5 pela República Checa (os checos chegariam à final da prova), a outra era a Irlanda, que ficara atrás dos portugueses no grupo 6, derrotada naquele jogo memorável da Luz, com Rui Costa a fazer um golo inimitável. A Holanda venceu por 2-0. Era uma noite gélida, o vento soprava do mar do Norte cortando a pele. Já se tinha passado uma hora após o final da partida, eu continuava a despachar trabalho para o jornal, os adeptos irlandeses mantinham-se firmes no Kop que tinham invadido e gritavam: “We want Jack! We want Jack!!!” Ao mesmo tempo, Jack Charlton, o selecionador irlandês, confirmava em conferência de imprensa o seu abandono do cargo e a despedida do futebol. Depois subiu de novo ao relvado de Anfield para uma tremenda ovação, que o levou às lágrimas. A VelhaGirafa, como gostavam de chamar-lhe, foi ao mais fundo das suas emoções. Ele, que era um homem bem-disposto, sempre disponível para um sorriso. Levara a Irlanda a uma carreira impensável: fase final doEuro 88; fase final doMundial 90; fase final do Mundial 94.

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