É o jogo da roleta-russa adaptado à pandemia. O conceito está a ganhar forma nos Estados Unidos, mais precisamente no estado do Alabama, onde são organizadas festas cujo objetivo é ter várias pessoas com covid-19 sem que os convidados saibam quem são. No início da festa é cobrado um bilhete, o distanciamento social deve ficar à porta e o convívio decorre nos moldes habituais, como nos tempos pré-covid. No fim, os primeiros a testar positivo ganham o dinheiro recolhido na bilheteira.
Esta competição em forma de desafio à saúde pública levou inclusive as autoridades de saúde norte-americanas a reagir e a palavra mais usada foi mesmo “irresponsabilidade”. À CNN, Sonya McKinstry, membro do conselho da cidade de Tuscaloosa, onde as festas se têm multiplicado, explicou que esta não é uma questão política: “Trata-se de um problema de saúde pública, as pessoas estão a morrer e não há cura”. Dos jovens que testaram positivo, a maioria confirmou ter participado neste tipo de festas.
As festas-covid multiplicam-se pelas várias cidades dos Estados Unidos – centenas de jovens participam nelas deliberadamente e até as universidades, que querem regressar ao ensino presencial o mais rapidamente possível, têm feito apelos para que os alunos não participem nesse tipo de eventos. A Universidade do Alabama, através de um comunicado nas redes sociais, fez saber, aliás, que está a investigar se os estudantes daquela instituição estão envolvidos nestas festas.
Desafiar as regras, quebrar o confinamento, ansiedade por voltar à vida noturna ou simplesmente falta de sensibilidade social são algumas das explicações dadas nos últimos dias para justificar este tipo de comportamento.
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