Caixas solidárias. “As crianças chamam os pais e os vizinhos para fazerem as doações”

Caixas solidárias. “As crianças chamam os pais e os vizinhos para fazerem as doações”


Projeto que nasceu em Portugal já voou para Espanha, Brasil e até Nova Zelândia. Ao i, Kelly Silveira conta como adaptou a iniciativa na sua clínica, na região sudeste brasileira.


Já são mais de 2500 caixas solidárias espalhadas por Portugal, de norte a sul do país, com alimentos e outros bens essenciais. Mas este projeto que começou em inícios de abril e procura ajudar os mais carenciados em tempos de pandemia de covid-19 ganhou asas e já voou em direção a Espanha, Brasil e até Nova Zelândia. No país do samba, por exemplo, “não é possível” deixar as caixas solidárias em plena rua, “devido à situação socioeconómica do país”, mas há clínicas de saúde mental no estado do Espírito Santo – região sudeste do Brasil – que não atiraram a toalha ao chão e adaptaram o projeto para, mesmo assim, chegarem a quem está a passar por dificuldades financeiras devido ao novo coronavírus.

“Se colocarmos a caixa na rua, não fica lá. Levam a caixa facilmente. No Brasil é diferente de Portugal. Há população de rua, mas que não vive só na rua como também consome droga, crack e essas coisas. E na nossa clínica também trabalhamos com público infantil, por isso achámos que não era seguro colocar a caixa na rua por essas razões. Ficou dentro da clínica e direcionamos os bens para projetos que fazem comida – sopas, refeições – e servem para a população de rua. De certa forma, ajudamos as pessoas, mas por intermédio desses projetos”, contou ao i Kelly Silveira, de 47 anos e uma das primeiras a impulsionar a iniciativa das caixas solidárias no Brasil através da clínica Harmonia – da qual é coordenadora a partir de Cascais, onde reside, em teletrabalho, ajudando a irmã que vive no Brasil.

Leia o artigo completo na edição impressa do jornal i. Agora também pode receber o jornal em casa ou subscrever a nossa assinatura digital.