O método é simples: faz-se uma picada no dedo, é recolhida uma amostra de sangue e são precisos cerca de 15 minutos para saber o resultado – se esteve ou não em contacto com o vírus. Os testes serológicos de anticorpos à covid-19 feitos nas farmácias ganharam adeptos nos últimos tempos pela rapidez e pelo preço reduzido, apesar de o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde já ter alertado para a possibilidade de falsos positivos ou falsos negativos. Por exemplo, a Farmácia Birra, no Porto, está a fazer uma média de oito a dez testes por dia. Esta farmácia faz parte do grupo Sofarma, que engloba mais seis farmácias e onde são feitos os mesmos testes.
A prática não é recente e desde abril que os clientes deste grupo de farmácias pedem a picada no dedo. “Já lá vão umas centenas” de testes, avançou ao i Pedro Coutinho, farmacêutico responsável pela Farmácia Birra. Sobre os motivos que levam as pessoas a pedir estes testes, destacam-se três: “Pessoas que suspeitam de uma infeção que possam ter tido, mas assintomática e que não necessitou de internamento; por descargo de consciência, pessoas que, apesar de não terem nenhum sintoma, vêm ver se, eventualmente, já têm anticorpos contra o vírus, ou seja, se já estiveram em contacto com o mesmo; e pessoas que fazem porque as empresas onde trabalham solicitam esses testes para perceber como se encontra a sua imunidade”, adiantou Pedro Coutinho.
O Infarmed referiu que nos últimos meses foram registadas cerca de 50 marcas de testes serológicos. No entanto, estes são feitos ainda numa rede muito restrita de farmácias. Em Lisboa, há pelo menos duas – uma em Benfica e outra na Avenida de Roma –, mas a maioria diz que não faz os testes serológicos sobretudo por razões de logística e de formação. Para fazer estes testes aos clientes, as farmácias têm de ter uma sala exclusiva para o procedimento e os farmacêuticos ou os técnicos de farmácia têm de ter formação, que normalmente é dada pela empresa que produz os testes.
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