Entre os capítulos da rocambolesca novela da insolvência da Movieplay, que adquiriu na década de 1980 a Orfeu, o arquivo da histórica editora discográfica de Arnaldo Trindade cujo paradeiro se desconhece há anos pode até estar irremediavelmente perdido. Mas há quem esteja a trabalhar para não deixar que a Orfeu, com o seu catálogo, fiquem esquecidos.
“Há uma urgência em explorar e mapear esses reportórios que foram gravados pela Orfeu e perceber e esmiuçar o que é que foi gravado e onde, uma vez que não temos acesso a esses materiais”, explica ao i a etnomusicóloga Leonor Losa, uma das fundadoras do Projeto Orfeu. “É de facto urgente, porque temos que contar com a memória das pessoas e dos músicos e enfim, não termos acesso ao catálogo complica um pouco esta investigação”.
O Projeto Orfeu teve início depois de Leonor Losa ter conhecido Arnaldo Trindade, enquanto trabalhava para a Enciclopédia da Música em Portugal no Séc. XX, uma obra de quatro volumes editada já em 2010 sob a direção de Salwa Castelo-Branco. Desse catálogo pelo qual Arnaldo Trindade é o principal responsável faz parte quase toda a discografia de Zeca Afonso e a obra completa de Adriano Correia de Oliveira.
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