EUA. Que  “novo modelo de segurança pública” é esse com que tantos sonham?

EUA. Que “novo modelo de segurança pública” é esse com que tantos sonham?


Mineápolis, onde foi morto George Floyd, anunciou ontem que vai desmantelar a polícia. E Nova Iorque quer cortar fundos à polícia para investir em serviços sociais.


Após os massivos protestos pelo homicídio de George Floyd, estrangulado por um agente da autoridade, cada vez mais pessoas consideram urgente reformar a polícia norte-americana, de maneira a que o seu alvo preferencial não sejam comunidades negras e latinas. Nas últimas semanas, a discussão à volta da noção de racismo sistémico aqueceu como nunca no país – alguns negam que exista sequer, outros exigem medidas urgentes. Mas quais são as propostas concretas para enfrentar o problema dentro das esquadras de polícia norte-americanas?

Ontem, enquanto os democratas apresentavam ao Congresso um plano para uma reforma nacional da polícia, o conselho municipal de Mineápolis, onde foi morto George Floyd, decidiu começar do início. Com nove dos 13 vereadores a favor, anunciou que vai desmantelar toda a estrutura policial da cidade, em prol de um “novo modelo de segurança pública”.

Como explicou a presidente do conselho municipal, Lisa Bender, perante as câmaras: “Estamos aqui porque no Minnesota, e em cidades por todos os EUA, é claro que os nossos sistemas de policiamento e segurança pública existentes não mantêm as nossas comunidades seguras”. Já o governador do estado, Tim Walz, lançou uma investigação de cumprimento dos direitos civis à polícia, prometendo erradicar um “racismo sistémico que dura há gerações”.