No Saldanha, descendo para o Largo Dona Estefânia, em Arroios, do lado direito encontram-se floreiras em esplanadas de restaurantes. São várias. E é com o objetivo de dar mais cor e ânimo às pessoas que foram colocadas. Nessa zona, mais de 20 entidades também solicitaram à junta de freguesia o alargamento de espaços para esplanadas, “até em zonas de parques de estacionamento”.
“Em relação aos pedidos que nos têm enviado, não temos achado que haja inconveniente. É em zonas onde não há tantos problemas, na Estefânia e no Saldanha. Estamos a tentar também que as pessoas ponham floreiras, algo mais arranjado, algo simpático e mais alegre para as pessoas se sentirem melhor, para que as pessoas não estejam tão expostas nas ruas. E nas esplanadas também temos exigido zonas verdes”, adiantou ao i a presidente da junta de freguesia, Margarida Martins.
Em Belém, a situação é idêntica, com dezenas de pedidos a chegarem à junta de freguesia. “Temos aqui vários estabelecimentos ao ar livre que pediram o alargamento, mas as pessoas dos restaurantes queixam-se de que não há clientes”, assegurou ao i o presidente da junta de freguesia, Fernando Ribeiro Rosa.
Já na Rua de São Paulo, em Lisboa, o i sabe que cerca de 30 lugares de estacionamento foram removidos para incentivar à criação de esplanadas de restaurantes, que nesta altura se encontram a 50% da sua lotação máxima.
Já no Bairro Alto, Cais do Sodré, Bica e Príncipe Real foram “centenas” os pedidos de alargamento de esplanadas que a Junta de Freguesia da Misericórdia recebeu. “Já lhes perdi a conta”, disse a presidente, Carla Madeira, ao i, referindo, no entanto, que só uma “pequena minoria” é que recebeu uma resposta positiva, dadas as dimensões dos passeios.
Mas, apesar de serem zonas muito turísticas, o mesmo não acontece na Baixa, na Mouraria, no Castelo, no Chiado e em Alfama. De acordo com a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, foram recebidos, até à data, “menos de uma dezena de pedidos formais de alargamento de esplanadas, os quais não obtiveram uma resposta favorável por não contemplarem as distâncias mínimas de passagem na via pública”.
E no Lumiar, por exemplo, as licenças encontram-se suspensas.