Um homem, entre os 20 e os 25 anos, morreu este domingo vítima de afogamento, na praia do Dragão Vermelho, na Costa da Caparica, elevando para três o número de vítimas mortais nas praias portuguesas em apenas seis dias – após o registo, na última terça-feira, de duas mortes na praia da Prainha, em Alvor (Algarve). O incidente ocorreu às 15h40. O jovem foi resgatado do mar já inanimado e transportado pelos Bombeiros de Cacilhas para o Hospital Garcia da Horta, em Almada, onde o óbito foi declarado.
Ao i, o comandante Fernando Pereira da Fonseca, da Autoridade Marítima, confirmou que as autoridades estão “alarmadas e preocupadas”, devido a “um elevado número de ocorrências de salvamentos no espaço de apenas duas semanas”. Ontem, houve ainda o registo de várias situações de pré-afogamento.
O desconfinamento e as altas temperaturas levaram, nos últimos dias, muitos portugueses a irem às praias, nomeadamente às localizadas nas zonas urbanas de Lisboa, Margem Sul do Tejo e Matosinhos. Porém, com o adiamento da época balnear – que tem início no próximo sábado, dia 6 – os nadadores salvadores não ocupam, por esta altura, os seus postos de vigilância, o que tem dificultado as ações de resgate. “São situações complicadas, porque, neste momento, estes salvamentos estão a ser feitos por surfistas, nadadores salvadores voluntários ou outros banhistas”, refere o comandante. O responsável acrescenta que “a vantagem dos nadadores salvadores é conhecerem muito bem as praias, os remoinhos e agueiros do mar, o que permite alertar os banhitas sobre as áreas para nadar. Isso, neste momento, não está a acontecer”, alerta.
De acordo com os dados da Autoridade Marítima, durante o fim-de-semana, apenas as praias da Costa da Caparica e Carcavelos tiveram “frequência elevada” em todo o país.
As regras definidas pelo Governo para as praias entram em vigor no dia 6, mas o comandante Pereira Fonseca confirmou que a Polícia Marítima “já tem vindo a fazer alertas”, registando-se apenas “algumas situações em que as pessoas praticam atividades com bolas”, algo que será proibido. “As recomendações têm sido imediatamente acatadas, o que permite encarar com otimismo o início da época balnear”, conclui.