A maioria dos hospitais já começaram a remarcar consultas e cirurgias adiadas, os centros de saúde retomam a atividade também aos poucos. Esta semana, no Parlamento, a ministra da Saúde garantiu que já foram remarcadas 40% das consultas adiadas nos últimos meses nos hospitais e 30% das cirurgias, sublinhando que se manteve sempre a resposta para doentes urgentes e prioritários, em função do juízo clínico. Mas assumiu preocupação em relação ao caminho a percorrer: se, até à pandemia, o Serviço Nacional de Saúde estava a aumentar a atividade, agora, o balanço é negativo: nos cuidados primários, apesar de ter havido um aumento de 40% das consultas por telefone e mais atendimentos por email, foram feitas menos 840 mil consultas e menos 990 mil atos de enfermagem.
Nos hospitais, são menos 540 mil consultas. Foram feitas menos 51 mil cirurgias programadas – sensivelmente um mês de atividade de cirurgia programada nos hospitais –, entre as quais 2500 cirurgias oncológicas, mas aumentaram as operações prioritárias. Houve menos 400 mil atendimentos nas urgências, com a afluência durante o estado de emergência a cair para menos de metade. Médicos ouvidos pelo i admitem que é cedo para um balanço das consequências da suspensão da atividade, mas há alguns sinais já visíveis na retoma. Temem-se os efeitos de atrasos nos diagnósticos e às urgências, que nas últimas semanas começaram a recuperar a afluência, estão a chegar doentes crónicos mais descompensados.
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