O primeiro-ministro foi claro. “Se for necessário, iremos passar um verão sem discotecas e bares. Significa isto que estão na linha do fundo para poderem voltar à normalidade e, se este ano não funcionarem, não virá mal ao mundo”. Só que a animação noturna não diz apenas respeito àqueles que se divertem, pois são muitos os que investem no negócio que cria largos milhares de empregos.
Em Lisboa, amanhã, um grupo que engloba comerciantes da Misericórdia e de empresários com negócios no Bairro Alto, Cais do Sodré, Príncipe Real e Bica vai manifestar-se na Praça Camões, deslocando-se depois para a Praça do Município, onde quer chamar a atenção para os problemas que o setor dos bares, discotecas e alojamento local estão a passar. Dizem que os seus negócios geram “200 milhões de euros por ano”, dinamizando a economia da cidade, e que são o “alicerce do turismo e a fonte de rendimento de centenas de famílias”.
O grupo já pediu audiências ao Presidente da República e ao primeiro-ministro, em que quer pedir que lhes seja dada uma indicação sobre a data de reabertura. Além disso, vão defender a redução da taxa do IVA e da TSU e proteção em relação aos senhorios, chamando a atenção para o facto de estarem fechados e não faturarem. Por isso, pretendem a redução das rendas em 50% e um período de carência de seis a 12 meses. Os empresários temem que os senhorios não renovem os contratos depois de terminar a pandemia.
Mas os bares estão ainda mais incomodados pois, se mudarem as licenças de utilização de bar para petiscaria, já vão poder abrir. “Basta pôr uns pastéis de bacalhau à venda para se conseguir a licença de petiscaria”, diz ao i Andreia Meireles, uma das organizadoras da manifestação.
Recorde-se que António Costa escolheu a data de reabertura dos restaurantes e cafés para comunicar que os bares e discotecas ainda não têm data para reabrirem.
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