Missas estão de volta mas católicos têm de usar máscara e manter distanciamento social

Missas estão de volta mas católicos têm de usar máscara e manter distanciamento social


Missas regressam com um distanciamento social de quatro metros quadrados.


A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) divulgou, esta sexta-feira, as orientações para o regresso de celebrações e cultos comunitários no último fim de semana de maio, no contexto da pandemia de covid-19.

Em comunicado a CEP, realça que “ao mesmo tempo que se retoma a participação comunitária na Liturgia, há que garantir a proteção contra a infeção” Por isso, convida todos os católicos “a fazerem por si próprios todos os possíveis para limitar esta pandemia”. Estas normas de proteção deverão ser concretizadas em cada Diocese, modificando-as, se for o caso, tendo em conta as orientações das autoridades de saúde.

Desta forma, entre as várias medidas, está o uso obrigatório de máscara, sendo que esta só deverá ser retirada no momento da receção da Comunhão eucarística. As mãos devem ser higienizadas à entrada da igreja com um produto desinfetante.

“O acesso dos fiéis às Missas dominicais, às celebrações da Palavra e a outros atos de culto será limitado no número de participantes, de acordo com a dimensão da igreja e as regras aplicáveis, pelas autoridades competentes, a todos os eventos em espaços fechados” e deve respeitar-se a distância mínima de segurança entre participantes de modo que cada fiel disponha, só para si, de um espaço mínimo de 4 metros quadrados. A regra do distanciamento não se aplica a pessoas da mesma família ou que vivam na mesma casa.

Na comunhão, os padres devem usar máscara e continua a não se ministrar a comunhão na boca e pelo cálice. No caso de o sacerdote celebrante ser mais idoso ou pertencer a algum grupo de risco, deve ser substituído, na distribuição da Comunhão, por algum diácono ou ministro extraordinário.

Todos os objetos de uso na missa devem ser desinfetados, assim como as mãos de quem os manuseia antes de serem utilizados, como por exemplo o cálice das comunhões. A limpeza deve ser feita utilizando máscaras e luvas descartáveis e os objetos devem ser secos com toalhetes de papel descartáveis.

O ofertório, que decorre no decurso da missa, passa a ser feito no final da missa, à saída da igreja, para evitar a passagem dos recipientes para as ofertas de mão em mão.

O gesto de paz, que é facultativo, continua suspenso.

Após a missa, deve proceder-se ao arejamento da igreja durante pelo menos 30 minutos, e os pontos de contacto (vasos sagrados, livros litúrgicos, objetos, bancos, puxadores e maçanetas das portas, instalações sanitárias) devem ser cuidadosamente desinfetados.

“Peregrinações, procissões, festas, romarias, concentrações religiosas, acampamentos e outras atividades similares em grandes grupos, passíveis de forte propagação da epidemia, continuam suspensas até novas orientações", relembra a CEP, que pede às pessoas doentes ou que se sintam doentes se abstenham de frequentar as missas e a quem pertence a grupos de risco apela para que não vá à missa de domingo, mas a outras semanais com menor afluência.

Para celebrações e sacramentos como batismos, primeiras comunhões, matrimónios ou para cerimónias de exéquias são também definidas regras. Consulte aqui as orientações.