Lisboa andava entretida. Quatro manhosos que se faziam passar por oficiais do Exército e da Armada tinham tido a distinta lata de entrar em estabelecimentos de fazendas, em camisarias e em ourivesarias, fazer as suas compras e mandar entregar os objetos em quartos que tinham alugado. No momento de receberem o material, pagavam com cheques. Até aí, tudo bem. O problema surgia no momento em que o negociante tentava descontar o papelinho no respetivo banco: nunca existira por lá conta em nome de tal indivíduo. Entretanto, os passarões já tinham voado.
Durante meses, as trampolinices destes figurões enchiam as páginas dos jornais e o povo corria a ler as novas aventuras do quarteto de malfeitores: Luiz Francisco Rodrigues,_Luiz F. M._Oliveira, Artur França e José António Gumercindo Fernandes Costa, segundo ficou a saber-se mais tarde, após as diligentes diligências dos agentes Sequeira, Urgel e Neves. O tal Gumercindo não era muito adepto da tropa, pelo que se apresentava como engenheiro. Dos quatro era, de longe, o que gostava mais de se pavonear. Uma fraqueza, essa, a da vaidade.
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