28 de abril de 1935. Quatro trafulhas andavam a deixar Lisboa aos papéis

28 de abril de 1935. Quatro trafulhas andavam a deixar Lisboa aos papéis


Faziam-se passar por oficiais do Exército e da Armada, encomendavam objetos e roupas de valor, mandavam entregar o material em quartos alugados. Depois entregavam um cheque ao infeliz que descobria, no banco, que não havia conta em nome de nenhum dos membros do quarteto de meliantes.


Lisboa andava entretida. Quatro manhosos que se faziam passar por oficiais do Exército e da Armada tinham tido a distinta lata de entrar em estabelecimentos de fazendas, em camisarias e em ourivesarias, fazer as suas compras e mandar entregar os objetos em quartos que tinham alugado. No momento de receberem o material, pagavam com cheques. Até aí, tudo bem. O problema surgia no momento em que o negociante tentava descontar o papelinho no respetivo banco: nunca existira por lá conta em nome de tal indivíduo. Entretanto, os passarões já tinham voado.

Durante meses, as trampolinices destes figurões enchiam as páginas dos jornais e o povo corria a ler as novas aventuras do quarteto de malfeitores: Luiz Francisco Rodrigues,_Luiz F. M._Oliveira, Artur França e José António Gumercindo Fernandes Costa, segundo ficou a saber-se mais tarde, após as diligentes diligências dos agentes Sequeira, Urgel e Neves. O tal Gumercindo não era muito adepto da tropa, pelo que se apresentava como engenheiro. Dos quatro era, de longe, o que gostava mais de se pavonear. Uma fraqueza, essa, a da vaidade.

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