O teste destes dias ao abastecimento


O mundo da economia privada, na generalidade dos casos, serve melhor os consumidores, como está à vista, e autossustenta-se sem impostos dos contribuintes.  


E se, nos dias que correm, o abastecimento de bens alimentares, no pequeno e grande comércio, estivesse nas mãos do Estado, e não dos privados, e tivesse falhado?

E se a rede de empresas de transporte de mercadorias que abastecem a rede alimentar fosse pública, e não privada?

E se as farmácias fossem do Estado, e não possuídas e geridas por privados?

E se a agricultura fosse essencialmente praticada pelo Estado?

E se as empresas de telecomunicações fossem do Estado?

E se muitos outros setores e empresas que estão a servir os consumidores, sem mácula, fossem do Estado?

Então, parece razoável admitir que Portugal viveria não uma, mas várias calamidades…

Tal exemplo de eficiência e operacionalidade é uma boa demonstração de como, em Portugal, a questão não é haver mais setor público e menos privado, mas justamente o contrário: abrir mais a economia, não ter como privilégio assente a compreensão pelos prejuízos e custos do Estado e olhar de soslaio o setor de iniciativa privada, e muito menos pensar que esta resposta se daria sem a existência de um mercado muito profissional, internacionalizado e com as melhores práticas.

O mundo da economia privada, na generalidade dos casos, serve melhor os consumidores, como está à vista, e autossustenta-se sem impostos dos contribuintes. Pelo contrário, trabalha para o Estado cobrar imputações fiscais excessivas.

E um Governo que optasse pelas melhores soluções para o país, e não pela intervenção dogmática do Estado – onde vai captar deste a influência política que o ajuda a garantir o poder -, declarava formalmente que o Estado, se for chamado nesta circunstância em que vivemos a intervir de forma pontual seja em que empresa for, deve declarar a temporalidade, e não o caráter definitivo dessa intervenção.

Nem a TAP, habitual consumidora de centenas de milhões do esforço fiscal dos portugueses e que anunciou precisar de garantia do Estado para a sobrevivência da empresa, merece mais do que…

a) a declaração de insolvabilidade, a liquidação, para depois ser criada empresa de raiz se for justificado termos uma companhia de aviação – como se fez há poucos anos na Bélgica (Sabena) e na Suíça (Swissair); 

b) ou, se houver aval para empréstimo, que não seja instrumento para mero exercício de aparcamento de quadros partidários na administração e sem termo de privatização.

Nacionalizar o que seja para continuar a gestão de prejuízos, ou para permitir mais uma desfaçatez que ajude politicamente a contentar dogmas e outras aventuras com recursos públicos que dão votos, será aproveitamento escandaloso à boleia da crise do novo coronavírus.

É por isso que se releva o sucesso das prateleiras cheias e sem falhas durante esta crise, que constitui afirmação do que está bem, funciona e serve milhões de portugueses em serviços básicos.

Imagine-se o Estado burocrata a administrar a chegada de leguminosas, hidratos de carbono, proteínas, pescado do Atlântico e frango de capoeira a casa dos portugueses em quarentena.

Seria bonito de ver o “diretor-geral da alimentação saudável” a anunciar em conferências de imprensa, depois de sucessivos adiamentos, a chegada de um contentor de calorias…

Então, as filas e listas de espera para a ração alimentar seriam as mesmas que para uma consulta ou intervenção cirúrgica, agora exponenciadas com a crise.

Repare-se ainda no folhetim público do “é hoje, é amanhã” que chegam a Lisboa os equipamentos, os bens de proteção médica e de segurança sanitária.

Nas dificuldades da crise, há e está a haver testes definitivos que mostram por onde deve passar o futuro das alterações pós-crise.

Também na economia, e nunca por mais Estado, mas por mais sociedade.

O teste destes dias ao abastecimento


O mundo da economia privada, na generalidade dos casos, serve melhor os consumidores, como está à vista, e autossustenta-se sem impostos dos contribuintes.  


E se, nos dias que correm, o abastecimento de bens alimentares, no pequeno e grande comércio, estivesse nas mãos do Estado, e não dos privados, e tivesse falhado?

E se a rede de empresas de transporte de mercadorias que abastecem a rede alimentar fosse pública, e não privada?

E se as farmácias fossem do Estado, e não possuídas e geridas por privados?

E se a agricultura fosse essencialmente praticada pelo Estado?

E se as empresas de telecomunicações fossem do Estado?

E se muitos outros setores e empresas que estão a servir os consumidores, sem mácula, fossem do Estado?

Então, parece razoável admitir que Portugal viveria não uma, mas várias calamidades…

Tal exemplo de eficiência e operacionalidade é uma boa demonstração de como, em Portugal, a questão não é haver mais setor público e menos privado, mas justamente o contrário: abrir mais a economia, não ter como privilégio assente a compreensão pelos prejuízos e custos do Estado e olhar de soslaio o setor de iniciativa privada, e muito menos pensar que esta resposta se daria sem a existência de um mercado muito profissional, internacionalizado e com as melhores práticas.

O mundo da economia privada, na generalidade dos casos, serve melhor os consumidores, como está à vista, e autossustenta-se sem impostos dos contribuintes. Pelo contrário, trabalha para o Estado cobrar imputações fiscais excessivas.

E um Governo que optasse pelas melhores soluções para o país, e não pela intervenção dogmática do Estado – onde vai captar deste a influência política que o ajuda a garantir o poder -, declarava formalmente que o Estado, se for chamado nesta circunstância em que vivemos a intervir de forma pontual seja em que empresa for, deve declarar a temporalidade, e não o caráter definitivo dessa intervenção.

Nem a TAP, habitual consumidora de centenas de milhões do esforço fiscal dos portugueses e que anunciou precisar de garantia do Estado para a sobrevivência da empresa, merece mais do que…

a) a declaração de insolvabilidade, a liquidação, para depois ser criada empresa de raiz se for justificado termos uma companhia de aviação – como se fez há poucos anos na Bélgica (Sabena) e na Suíça (Swissair); 

b) ou, se houver aval para empréstimo, que não seja instrumento para mero exercício de aparcamento de quadros partidários na administração e sem termo de privatização.

Nacionalizar o que seja para continuar a gestão de prejuízos, ou para permitir mais uma desfaçatez que ajude politicamente a contentar dogmas e outras aventuras com recursos públicos que dão votos, será aproveitamento escandaloso à boleia da crise do novo coronavírus.

É por isso que se releva o sucesso das prateleiras cheias e sem falhas durante esta crise, que constitui afirmação do que está bem, funciona e serve milhões de portugueses em serviços básicos.

Imagine-se o Estado burocrata a administrar a chegada de leguminosas, hidratos de carbono, proteínas, pescado do Atlântico e frango de capoeira a casa dos portugueses em quarentena.

Seria bonito de ver o “diretor-geral da alimentação saudável” a anunciar em conferências de imprensa, depois de sucessivos adiamentos, a chegada de um contentor de calorias…

Então, as filas e listas de espera para a ração alimentar seriam as mesmas que para uma consulta ou intervenção cirúrgica, agora exponenciadas com a crise.

Repare-se ainda no folhetim público do “é hoje, é amanhã” que chegam a Lisboa os equipamentos, os bens de proteção médica e de segurança sanitária.

Nas dificuldades da crise, há e está a haver testes definitivos que mostram por onde deve passar o futuro das alterações pós-crise.

Também na economia, e nunca por mais Estado, mas por mais sociedade.