As autoridades de Saúde alemãs estão a apelar aos migrantes médicamente qualificados para a ajudar no combate ao coronavírus.
O apelo vem na sequência de que muitos profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, terem adoecido ou por se econtrarem em quarentena, e falta de profissionais de saúde está por pressão num sistema de saúde normalmente robusto.
E tem sido o estado da Saxónia que tem estado na linha da frente do apelo para integrar médicos migrantes, incluindo os centenas de refugiados que chegaram em 2015. Segundo um grupo de Facebook Médicos Sírios na Alemanha, citado pelo Guardian, existem 14 mil médicos sírios a aguardar que as suas qualificações sejam reconhecidas e aprovadas.
O Instituto Robert Koch, que aconselha o Governo nas questões de saúde pública, acredita que cerca de 2300 médicos se encontrem doentes ou em quarentena.
Número que podem não estar a corresponder à realidade, por não haver uma recoleção de dados a nível nacional. Só no estado da Baviera, 244 clínicas foram forçadas a encerrar devido à infeção do coronavírus.
Por outro lado, o Governo alemão aumentou o número de camas nas unidades de cuidados intensivos de 24 mil para 40 mil, a maior parte com ventiladores.
Entretanto, o número de novas pessoas infetadas com coronavírus na Alemanha "estabilizou", disse o líder da autoridade de saúde pública alemã, esta terça-feira. "Os números estabilizaram num patamar alto", disse Lothar Wieler, do Instituto Robert Koch. "Não nenhum sinal claro de que estejam a descer", acrescentou, citado pela AFP.
Isto enquanto os políticos alemães aguardam os comentários dos especialistas médicos, equanto a chanceler Angela Merkel irá se reunir em conferência com os primeiros-ministros estatais sobre por quanto tempo se deve estender as medidas de controlo à infeção.