A Europa por um canudo


EM DOIS DIAS, Portugal passou de ser o país com mais equipas na Liga Europa a um país sem nenhuma equipa na Liga Europa. E as perspetivas até eram especialmente boas: na primeira mão, o Sporting tinha ganho em casa por dois golos de diferença, e o Braga, o Porto e o Benfica tinham perdido…


EM DOIS DIAS, Portugal passou de ser o país com mais equipas na Liga Europa a um país sem nenhuma equipa na Liga Europa. E as perspetivas até eram especialmente boas: na primeira mão, o Sporting tinha ganho em casa por dois golos de diferença, e o Braga, o Porto e o Benfica tinham perdido também fora mas pela diferença mínima (ainda por cima marcando golos, que valiam por dois).

A segunda mão é que foi um desastre: três derrotas e um empate. E estes resultados, além do que representaram para os clubes, penalizaram muito os respetivos treinadores. 

PARA RUBEN AMORIM, do Braga, que ganhara ao Benfica, ao FC Porto e ao Sporting, numa cavalgada impressionante, a inesperada eliminação da Liga Europa foi um balde de água gelada, que o fez acordar de um sonho. 

Para Sérgio Conceição, após uma aproximação fulgurante ao Benfica no campeonato, esta derrota fez regressar todas dúvidas acerca da sua continuidade no Porto; agora, ou ganha o título ou vai-se embora.

E o mesmo sucede com Bruno Lage. Se a perda da vantagem em relação ao rival já o deixara em situação frágil, esta eliminação foi um golpe profundo. Que, ainda por cima, surge na altura em que Luís Filipe Vieira diz que o Benfica quer ser uma grande equipa europeia… 

MAS A PRINCIPAL VÍTIMA desta jornada negra foi o Sporting, para quem a Liga Europa era a única coisa que restava na época. O único objetivo que podia motivar os jogadores e levá-los a correr. E o mais frustrante, para os leões, é que a eliminatória várias vezes pareceu ganha. Em Alvalade podia ter vencido por 4 ou 5. E na Turquia tinha a qualificação no bolso a 2 minutos do fim, mas decisões irresponsáveis dos seus jogadores entregaram o jogo ao adversário. Ao todo, o Sporting sofreu quatro golos ao cair do pano: 2 no fim da 1ª parte (cá e lá), 1 no fim da 2ª parte e 1 no fim do prolongamento. Assim, é impossível ganhar…

E, por causa desta derrota, diz-se que o treinador vai ser despedido. Ora, eu escrevi nesta coluna que, se Silas falhasse, não era ele que ficava com o lugar em risco – era Frederico Varandas.

TENHO DEFENDIDO VARANDAS pela coragem revelada na guerra com as claques. Mas a sua gestão desportiva tem sido um desastre. É tudo mau de mais. Começou no despedimento de Peseiro e sua substituição por Keizer. Um erro. E nesta época tem sido a loucura: Keiser despedido, Tiago Fernandes despedido, Leonel Pontes despedido. Se Silas for despedido, o Sporting entra no 5.º treinador esta época!

Nenhum clube aguenta uma gestão assim. E qual é o treinador com um mínimo de nível e a cabeça no sítio que aceita treinar um clube com este histórico?

Se Varandas despedir Silas até ao fim da temporada, será da mais elementar hombridade apresentar ao mesmo tempo a sua demissão.

A Europa por um canudo


EM DOIS DIAS, Portugal passou de ser o país com mais equipas na Liga Europa a um país sem nenhuma equipa na Liga Europa. E as perspetivas até eram especialmente boas: na primeira mão, o Sporting tinha ganho em casa por dois golos de diferença, e o Braga, o Porto e o Benfica tinham perdido…


EM DOIS DIAS, Portugal passou de ser o país com mais equipas na Liga Europa a um país sem nenhuma equipa na Liga Europa. E as perspetivas até eram especialmente boas: na primeira mão, o Sporting tinha ganho em casa por dois golos de diferença, e o Braga, o Porto e o Benfica tinham perdido também fora mas pela diferença mínima (ainda por cima marcando golos, que valiam por dois).

A segunda mão é que foi um desastre: três derrotas e um empate. E estes resultados, além do que representaram para os clubes, penalizaram muito os respetivos treinadores. 

PARA RUBEN AMORIM, do Braga, que ganhara ao Benfica, ao FC Porto e ao Sporting, numa cavalgada impressionante, a inesperada eliminação da Liga Europa foi um balde de água gelada, que o fez acordar de um sonho. 

Para Sérgio Conceição, após uma aproximação fulgurante ao Benfica no campeonato, esta derrota fez regressar todas dúvidas acerca da sua continuidade no Porto; agora, ou ganha o título ou vai-se embora.

E o mesmo sucede com Bruno Lage. Se a perda da vantagem em relação ao rival já o deixara em situação frágil, esta eliminação foi um golpe profundo. Que, ainda por cima, surge na altura em que Luís Filipe Vieira diz que o Benfica quer ser uma grande equipa europeia… 

MAS A PRINCIPAL VÍTIMA desta jornada negra foi o Sporting, para quem a Liga Europa era a única coisa que restava na época. O único objetivo que podia motivar os jogadores e levá-los a correr. E o mais frustrante, para os leões, é que a eliminatória várias vezes pareceu ganha. Em Alvalade podia ter vencido por 4 ou 5. E na Turquia tinha a qualificação no bolso a 2 minutos do fim, mas decisões irresponsáveis dos seus jogadores entregaram o jogo ao adversário. Ao todo, o Sporting sofreu quatro golos ao cair do pano: 2 no fim da 1ª parte (cá e lá), 1 no fim da 2ª parte e 1 no fim do prolongamento. Assim, é impossível ganhar…

E, por causa desta derrota, diz-se que o treinador vai ser despedido. Ora, eu escrevi nesta coluna que, se Silas falhasse, não era ele que ficava com o lugar em risco – era Frederico Varandas.

TENHO DEFENDIDO VARANDAS pela coragem revelada na guerra com as claques. Mas a sua gestão desportiva tem sido um desastre. É tudo mau de mais. Começou no despedimento de Peseiro e sua substituição por Keizer. Um erro. E nesta época tem sido a loucura: Keiser despedido, Tiago Fernandes despedido, Leonel Pontes despedido. Se Silas for despedido, o Sporting entra no 5.º treinador esta época!

Nenhum clube aguenta uma gestão assim. E qual é o treinador com um mínimo de nível e a cabeça no sítio que aceita treinar um clube com este histórico?

Se Varandas despedir Silas até ao fim da temporada, será da mais elementar hombridade apresentar ao mesmo tempo a sua demissão.