A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos, que nesta sexta-feira encerrou a secção Encontros no 70.º Festival de Cinema de Berlim, foi horas depois distinguido com o prémio FIPRESCI, atribuído pela Federação Internacional de Críticos de Cinema.
O filme, uma produção da Primeira Idade que se universaliza a partir da história familiar da realizadora – da história dos avós até chegar à do seu seu pai, Jacinto, irmão mais velho de seis, que perdeu a mãe subitamente, e do encontro da realizadora com ele no dia em que também a sua mãe morreu – é o segundo filme de Catarina Vasconcelos, realizadora de Metáfora ou a Tristeza Virada do Avesso (2014), e marca a sua estreia na longa-metragem.
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Integrado na secção Encontros, inaugurada e programada pela nova direção artística do festival, liderada por Carlo Chatrian, A Metamorfose dos Pássaros está ainda nomeado para o prémio de Melhor Documentário e ainda para os prémios que neste sábado distinguirão os filmes que competem na mesma secção, que se veio juntar à Competição, às Berlinale Shorts, ao Forum e ao Panorama com o objetivo de criar uma plataforma para "apoiar novas vozes no cinema e dar mais espaço a narrativas diversas e a formas documentais no programa oficial".
Segundo Chatrian aquando do anúncio da seleção dos 15 filmes que inauguraram a nova secção do certame que decorre até este domingo em Berlim "apresenta uma forma diferente de interpretar uma história cinematográfica: autobiográfica, íntima, política, social, filosófica, épica, surreal".
O filme de Catarina Vasconcelos, colocada entre os nomes que a direção apresenta como novas "descobertas", compete com as mais recentes obras de cineastas como Josephine Decker, Heinz Emigholz, Victor Kossakovsky, Alexander Kluge, Matías Piñeiro, Ivan Ostrochovský, Camilo Restrepo, Tim Sutton e C.W. Winter e Anders Edström.