Jornalistas, humoristas e amigos das redações


O povo só lhes interessa quando os serve, quando os segue, quando os alimenta. E eles alimentam-se uns aos outros. Como o Dr. Júdice, com toda a sua vasta experiência e história, tão bem sabe.


Não, Dr. Júdice, não é por ser Carnaval que ninguém leva a mal. É porque este país torna-se cada vez mais carnavalesco e há muitos “jornalistas, humoristas e amigos das redações” – como V. Exa. tão bem qualificou o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Média – que vão no corso ou o acompanham feitos foliões, cabeçudos, matrafonas ou figurantes de outras cenas alegres e tristes.

Sim, Dr. Júdice, o caso dos negócios da RTP com a empresa que o secretário de Estado vendeu a um sobrinho é um caso evidente de conflito de interesses que não pode deixar de ter consequências e que não tem explicação admissível. Nuno Artur Silva faz parte do bando de ‘jornalistas, humoristas e amigos das redações’ (leia-se meios de comunicação social, de informação e de entretenimento) que gravitam na órbita do poder e com ele convivem numa lógica de cumplicidade politicamente correta e, com eles e por eles, também dominante.

São eles que ditam o que é tema, o que é aceitável, o que é criticável, o que é risível, o que é bem, o que não é.

Sim, são eles que ditam o que é e o que não é. E são sempre os mesmos.

O povo só lhes interessa quando os serve, quando os segue, quando os alimenta. E eles alimentam-se uns aos outros. Como o Dr. Júdice, com toda a sua vasta experiência e história, tão bem sabe.

Ainda assim, haverá sempre quem resista ou quem, como também dizia o poeta socialista, diga não.

Alberto Gonçalves voltou a dizê-lo na Rádio Observador esta semana e também ele, a propósito da entrevista de Ana Leal ao SOL, criticou a deferência de uma certa classe jornalística para com António Costa e seu Governo. Aliás, também Ana Gomes viu problema em termos um primeiro-ministro que, enquanto ministro, terá telefonado à administração de uma TV a pedir para despedir uma jornalista ou acabar com um programa.

Por mais silêncios que se imponham, há sempre vozes que não se calam. Mesmo que esse bando dominante de “jornalistas, humoristas e amigos das redações e do poder” continuem a ter o poder de dizer o que é e o que não é.

Carnavalesco. Burlesco. Grotesco.

Ou não estivéssemos nós num país de produções fictícias.


Jornalistas, humoristas e amigos das redações


O povo só lhes interessa quando os serve, quando os segue, quando os alimenta. E eles alimentam-se uns aos outros. Como o Dr. Júdice, com toda a sua vasta experiência e história, tão bem sabe.


Não, Dr. Júdice, não é por ser Carnaval que ninguém leva a mal. É porque este país torna-se cada vez mais carnavalesco e há muitos “jornalistas, humoristas e amigos das redações” – como V. Exa. tão bem qualificou o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Média – que vão no corso ou o acompanham feitos foliões, cabeçudos, matrafonas ou figurantes de outras cenas alegres e tristes.

Sim, Dr. Júdice, o caso dos negócios da RTP com a empresa que o secretário de Estado vendeu a um sobrinho é um caso evidente de conflito de interesses que não pode deixar de ter consequências e que não tem explicação admissível. Nuno Artur Silva faz parte do bando de ‘jornalistas, humoristas e amigos das redações’ (leia-se meios de comunicação social, de informação e de entretenimento) que gravitam na órbita do poder e com ele convivem numa lógica de cumplicidade politicamente correta e, com eles e por eles, também dominante.

São eles que ditam o que é tema, o que é aceitável, o que é criticável, o que é risível, o que é bem, o que não é.

Sim, são eles que ditam o que é e o que não é. E são sempre os mesmos.

O povo só lhes interessa quando os serve, quando os segue, quando os alimenta. E eles alimentam-se uns aos outros. Como o Dr. Júdice, com toda a sua vasta experiência e história, tão bem sabe.

Ainda assim, haverá sempre quem resista ou quem, como também dizia o poeta socialista, diga não.

Alberto Gonçalves voltou a dizê-lo na Rádio Observador esta semana e também ele, a propósito da entrevista de Ana Leal ao SOL, criticou a deferência de uma certa classe jornalística para com António Costa e seu Governo. Aliás, também Ana Gomes viu problema em termos um primeiro-ministro que, enquanto ministro, terá telefonado à administração de uma TV a pedir para despedir uma jornalista ou acabar com um programa.

Por mais silêncios que se imponham, há sempre vozes que não se calam. Mesmo que esse bando dominante de “jornalistas, humoristas e amigos das redações e do poder” continuem a ter o poder de dizer o que é e o que não é.

Carnavalesco. Burlesco. Grotesco.

Ou não estivéssemos nós num país de produções fictícias.