Soldado tailandês mata 29 pessoas enquanto interagia nas redes sociais

Soldado tailandês mata 29 pessoas enquanto interagia nas redes sociais


O soldado tailandês esteve barricado num centro comercial com centenas de reféns antes de ser abatido.


Jakrapanth Thomma, um sargento tailandês de 32 anos, matou 23 civis, três polícias e três militares e deixou um rasto de 57 pessoas feridas num tiroteio que o primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-O-Cha, considerou ser “sem precedentes” no país.

“Não há precedentes na Tailândia e quero que isto nunca mais aconteça”, declarou, em conferência de imprensa, num hospital de Nakhon Ratchasima, para onde foram levadas as vítimas do ataque. Dos 57 feridos, 25 já tiveram alta, indicou.

O atirador criou um cerco que durou cerca de 17 horas enquanto interagia nas redes sociais, postando frases e selfies enquanto disparava sobre civis.

O conflito terá começado numa casa onde o soldado teve uma reunião com o seu comandante e uma mulher, alegadamente familiar do comandante, de forma a resolver uma disputa relacionada com uma propriedade. Segundo a Reuters, Thomma terá matado os dois a tiro.

Depois deste confronto dirigiu-se para a base militar onde trabalhava, disparou sobre o militar que guardava a entrada e entrou no edifício onde roubou um Humvee (veiculo militar) munido de várias armas.

As paragens que se seguiram foram um templo budista, onde fez nove vítimas, e o centro de Nakhon Ratchasima, onde disparou sobre civis e publicou selfies no Facebook com o caos gerado como plano de fundo. Dirigiu-se para o centro comercial Terminal 21 Korat, em Nakhon Ratchasima, cidade a cerca de 250 quilómetros de distância de Banguecoque, onde matou 18 pessoas. 

De acordo com o canal de televisão Thai Rath, que citou fontes policiais, a polícia tailandesa abateu a tiro o soldado depois de estar barricado durante 17 horas. Após a morte do agressor, a polícia vasculhou o prédio em busca de explosivos escondidos. As forças especiais tailandesas levaram cerca de seis horas para entrar e controlar todo o edifício de forma a retirar as mais de cem pessoas que estavam retidas no interior.