Graça Freitas garante que “não há motivos para não confiar nas autoridades chinesas”

Graça Freitas garante que “não há motivos para não confiar nas autoridades chinesas”


A diretora-geral da Saúde explicou que “a China tem sido muito transparente”.


A diretora-geral da Saúde afirmou, esta sexta-feira, que mantém a confiança nas autoridades chinesas”. "Não há motivos para não confiar nas autoridades chinesas. A China tem sido muito transparente, colocou 50 milhões de pessoas sob quarentena. Têm permitido entrevistas e dado imagens", fundamentou Graça Freitas.

O anúncio acontece no dia seguinte à morte de Li Wenliang, o médico que alertou para a existência do novo coronavírus. O oftalmologista foi mais tarde infetado com 2019-nCoV e acabou por morrer da doença. Apesar de a sua morte ter sido avançada por duas publicações chinesas, o hospital desmentiu que o médico tinha morrido, garantido que a instituição estava a fazer tudo o que podia para "ressuscitar" o médico, que se encontrava em estado grave. Mais tarde, no mesmo dia, o hospital confimou a morte de Li Wenliag, que foi, no incío da epidemia, acusado de estar a espalhar rumores.

Acerca da causa do vírus, Graça Freitas sublinha que "é difícil perceber a causa".  "Eles estão a fazer testes e mais testes a todos os animais possíveis como hospedeiros. Esse é um dado muito importante na cadeia de transmissão, mas encontrar a cura para os vírus nunca é fácil. A maior esperança é encontrar uma vacina, mas leva tempo a desenvolver-se", garantiu, admitindo que seria possível que "medicamentos para tratar HIV poderem ser testados para tratar o coronavírus". De recordar que, esta sexta-feira, os cientistas afirmaram que a causa do vírus poderá estar no pangolim.

Graça Freitas garantiu ainda que a resposta do Serviço Nacional de Saúde vai ao encontro da evolução da doença.  "Se houver mais casos, temos de ter hospitais, mais laboratório, mais ambulâncias, mais enfermeiros e mais pessoal preparados para mais casos. Vamos avaliando a evolução da doença, é esse o nosso método. Não podemos ter resposta desproporcionada", afirmou.

Recorde-se que mais de 600 pessoas já morreram devido ao 2019-nCoV e mais de 31 mil pessoas infetadas.

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