Chegar, ver e vencer


BRUNO FERNANDES FOI um dos jogadores que reagiram com mais indignação à invasão de Alcochete. Pediu a rescisão do contrato, abandonou o clube, mas regressou. E regressou ainda melhor. Rapidamente se impôs no Sporting pós-Alcochete como o jogador mais influente da equipa – e um dos melhores do futebol português. Mas o facto de ser…


BRUNO FERNANDES FOI um dos jogadores que reagiram com mais indignação à invasão de Alcochete. Pediu a rescisão do contrato, abandonou o clube, mas regressou. E regressou ainda melhor. Rapidamente se impôs no Sporting pós-Alcochete como o jogador mais influente da equipa – e um dos melhores do futebol português. Mas o facto de ser o jogador mais talentoso do plantel não impedia que fosse o que corria mais, o que se esforçava mais, o que vibrava mais.

Aparecia na defesa, no meio-campo e no ataque. Fazia assistências e marcava golos.

NO VERÃO PASSADO foi dado como certo no futebol inglês, mas a transferência gorou-se. E isso podia tê-lo diminuído psicologicamente. Até porque continuava numa equipa que, verdadeiramente, não lutava por nada. Não tinha condições para ser campeã, não estava na Champions.

Mas Bruno Fernandes não se deixou ir abaixo. Continuou sempre a correr, a puxar pelos companheiros, a lutar como se o Sporting tivesse grandes objetivos. Nunca se tornou uma “maçã podre”, pelo contrário, jogou sempre no limite, mesmo quando se pensava que seria o seu último jogo no clube.

FINALMENTE TRANSFERIU-SE para o campeonato com que sempre sonhou: a Premier League. E três dias depois de chegar a Manchester, foi titular! E foi considerado o melhor jogador em campo!

Nem considero que tenha feito um grande jogo. Vi-o fazer muito melhores jogos pelo Sporting. Mas impressionou-me uma coisa: a sua atitude. Embora fosse um caloiro, embora fosse natural que entrasse timidamente, que quisesse sobretudo não falhar, entrou com tudo. Não teve medo de arriscar. Basta dizer que foi o jogador que mais rematou à baliza.

Sendo o primeiro jogo que fazia pelo United, aos 20 minutos já parecia o líder da equipa, corrigia a posição dos companheiros, agarrava na bola para marcar os livres.

O QUE MAIS ME IMPRESSIONOU não foi o que Bruno Fernandes jogou: foi a sua atitude dentro do campo. O modo como instantaneamente se afirmou numa das grandes equipas do mundo.

Ora, no futebol, a personalidade é um fator determinante. Há jogadores que fizeram grandes carreiras no futebol mundial, como Beckenbauer, que não eram futebolisticamente superdotados, mas se impuseram porque tinham uma personalidade forte. Inversamente, há jogadores superdotados que nunca conseguiram ser alguém – ou tiveram carreiras abaixo do seu potencial. Basta pensar em Balotelli, Pogba, ou mesmo Quaresma ou Neymar.

BRUNO FERNANDES VAI afirmar-se como o grande patrão do United não tanto pelo que joga mas pela força da sua personalidade. Um jogador que junta talento, personalidade e raça vai vingar essencialmente pela segunda qualidade.

Até porque julgo que é isso que falta à sua nova equipa: um líder.

Chegar, ver e vencer. Não me lembro de um jogador chegar a uma grande equipa e impor-se de forma tão natural.

Chegar, ver e vencer


BRUNO FERNANDES FOI um dos jogadores que reagiram com mais indignação à invasão de Alcochete. Pediu a rescisão do contrato, abandonou o clube, mas regressou. E regressou ainda melhor. Rapidamente se impôs no Sporting pós-Alcochete como o jogador mais influente da equipa – e um dos melhores do futebol português. Mas o facto de ser…


BRUNO FERNANDES FOI um dos jogadores que reagiram com mais indignação à invasão de Alcochete. Pediu a rescisão do contrato, abandonou o clube, mas regressou. E regressou ainda melhor. Rapidamente se impôs no Sporting pós-Alcochete como o jogador mais influente da equipa – e um dos melhores do futebol português. Mas o facto de ser o jogador mais talentoso do plantel não impedia que fosse o que corria mais, o que se esforçava mais, o que vibrava mais.

Aparecia na defesa, no meio-campo e no ataque. Fazia assistências e marcava golos.

NO VERÃO PASSADO foi dado como certo no futebol inglês, mas a transferência gorou-se. E isso podia tê-lo diminuído psicologicamente. Até porque continuava numa equipa que, verdadeiramente, não lutava por nada. Não tinha condições para ser campeã, não estava na Champions.

Mas Bruno Fernandes não se deixou ir abaixo. Continuou sempre a correr, a puxar pelos companheiros, a lutar como se o Sporting tivesse grandes objetivos. Nunca se tornou uma “maçã podre”, pelo contrário, jogou sempre no limite, mesmo quando se pensava que seria o seu último jogo no clube.

FINALMENTE TRANSFERIU-SE para o campeonato com que sempre sonhou: a Premier League. E três dias depois de chegar a Manchester, foi titular! E foi considerado o melhor jogador em campo!

Nem considero que tenha feito um grande jogo. Vi-o fazer muito melhores jogos pelo Sporting. Mas impressionou-me uma coisa: a sua atitude. Embora fosse um caloiro, embora fosse natural que entrasse timidamente, que quisesse sobretudo não falhar, entrou com tudo. Não teve medo de arriscar. Basta dizer que foi o jogador que mais rematou à baliza.

Sendo o primeiro jogo que fazia pelo United, aos 20 minutos já parecia o líder da equipa, corrigia a posição dos companheiros, agarrava na bola para marcar os livres.

O QUE MAIS ME IMPRESSIONOU não foi o que Bruno Fernandes jogou: foi a sua atitude dentro do campo. O modo como instantaneamente se afirmou numa das grandes equipas do mundo.

Ora, no futebol, a personalidade é um fator determinante. Há jogadores que fizeram grandes carreiras no futebol mundial, como Beckenbauer, que não eram futebolisticamente superdotados, mas se impuseram porque tinham uma personalidade forte. Inversamente, há jogadores superdotados que nunca conseguiram ser alguém – ou tiveram carreiras abaixo do seu potencial. Basta pensar em Balotelli, Pogba, ou mesmo Quaresma ou Neymar.

BRUNO FERNANDES VAI afirmar-se como o grande patrão do United não tanto pelo que joga mas pela força da sua personalidade. Um jogador que junta talento, personalidade e raça vai vingar essencialmente pela segunda qualidade.

Até porque julgo que é isso que falta à sua nova equipa: um líder.

Chegar, ver e vencer. Não me lembro de um jogador chegar a uma grande equipa e impor-se de forma tão natural.