Miss Americana  é Taylor Swift  como nunca a tínhamos visto

Miss Americana é Taylor Swift como nunca a tínhamos visto


No filme já apresentado em Sundance a cantora fala pela primeira vez publicamente sobre um problema de distúrbios alimentares. 


Que a Taylor Swift a Netflix dedicaria, depois do filme concerto Taylor Swift: Reputation Stadium Tour, um novo documentário, já se sabia. Sabia-se também que Miss Americana, assim é o título, se focaria não só na música da cantora americana: que faria também uma incursão por alguns detalhes biográficos importantes. Com toda a antecipação em torno desse novo filme, cuja realizadora, Lana Wilson, foi escolhida pela própria, Miss Americana teve por fim a sua estreia internacional, oito dias antes apenas de chegar, já na próxima sexta-feira, 31 de janeiro, à Netflix. 

Aconteceu em Sundance, no festival de cinema que decorre até ao próximo dia 2, na noite de quinta-feira. Na projeção, esteve presente a própria, para uma sessão de perguntas e respostas com a assistência, que de pé lhe dirigiu uma ovação assim que subiu ao palco do Eccles Theater, em Salt Lake, a cidade do Utah que anualmente acolhe aquele que é um dos mais conceituados festivais de cinema do continente americano.  Para lá do processo de criação do seu sétimo disco de estúdio, Lover, editado no ano passado, Miss Americana foca-se também em vários aspetos da vida pessoal de Taylor Swift: a sua luta contra problemas de distúrbios alimentares, o processo judicial por assédio sexual que acabou por vencer contra David Mueller, a decisão de começar a tornar públicas as suas opiniões políticas e a fazer-se ativista feminista e pelas causas LGBT, mas também o cancro contra o qual a sua mãe continua a lutar. 

No fundo, a história de Taylor Swift desde a sua infância, ao encontro da qual vai no início de Miss America, com a revisitação dos diários que escrevia quando era ainda criança. A certa altura, há de entrar no filme, relata a Variety, a fase da vida em que lutou contra distúrbios alimentares – o tópico mais quente no que se tem escrito desde a noite de quinta-feira sobre o filme que a própria se mostrou disposta a fazer à Netflix – que até agora não eram de conhecimento público. 

O tema surge no momento em que, ao sair do seu prédio, em Nova Iorque, para entrar numa limusina, é recebida por um grupo de paparazzi. “O meu jardim”, comenta, para acrescentar: “Não é bom para mim ver fotografias minhas todos os dias. Costuma ser desencadeado por alguma coisa, seja uma fotografia em que sinto que a minha barriga estava demasiado grande, alguém que diz que parecia que estava grávida ou qualquer coisa. Isso só me vai levar a… [faz uma pausa] passar um bocadinho de fome. Parar de comer”. Agora, depois de ter ganhado algum peso, diz-se determinada a resistir a esse impulso – e a alimentar-se: “Estou muito mais feliz com quem sou agora. Não quero muito saber se alguém diz que ganhei peso. É uma coisa que torna a minha vida melhor”.