Macron revolta-se e expulsa guardas israelitas de igreja em Jerusalém | VÍDEO

Macron revolta-se e expulsa guardas israelitas de igreja em Jerusalém | VÍDEO


Não é o primeiro chefe de Estado francês a revoltar-se com forças israelitas à porta da igreja, território sagrado para milhões de católicos e que pertence a França.


O Presidente francês exaltou-se com a polícia israelita durante a visita à Igreja de Santa Ana, que pertence ao Governo francês, na Cidade Velha de Jerusalém. Emmanuel Macron está com outros chefes de Estado, incluindo Marcelo Rebelo de Sousa, em Israel para assinalar os 75 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz,

Emmanuel Macron estava a entrar, esta quinta-feira, na igreja, que é considerada território francês, quando decidiu repreender e expulsar os guardas israelitas do local. “Não gostei do que fizeram à minha frente. Vão lá para fora”, disse, visivelmente exaltado. “Ninguém tem de provocar. Temos de nos manter calmos. Tivemos uma caminhada maravilhosa. (…) Por favor respeitem a regras que existem há séculos. Elas não vão mudar comigo”, acrescentou.

Mais tarde, um porta-voz do Eliseu veio justificar o comportamento do Presidente, explicando que a reação de Macron tinha como objetivo acabar com uma "altercação" entre as forças de segurança israelitas e as forças de segurança francesas.

“Santa Ana em Jerusalém [oferecida pelo sultão otomano a Napoleão II em 1856] pertence a França. Cabe à França proteger estes lugares na cidade. As forças de segurança israelitas queriam entrar enquanto os serviços de segurança franceses estavam a proteger o local. O Presidente reagiu para pôr fim a uma altercação entre as forças de segurança israelitas e as forças francesas e para lembrar toda a gente das regras que devem ser aplicadas”, sublinhou.

Já em 1996 tinha havido um desentendimento no local entre o Presidente francês, na altura Jacques Chirac, e os guardas israelitas, cuja presença em território francês pode ser vista como provocatória.

Sublinhe-se que França não reconhece a soberania de Israel sobre a Cidade Velha, território que considera ocupado, sendo que para os israelitas toda a cidade de Jerusalém lhes pertence.