A taxa de risco de pobreza em Portugal desceu em 2018, pelo quarto ano consecutivo, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O estudo indica que a taxa situou-se nos 17,2%, correspondendo aos habitantes com rendimentos líquidos iguais ou inferiores a 501 euros por mês.
Segundo o INE, o risco de pobreza diminuiu nos menores de 18 anos e nos idosos, situando-se, agora, em 18,5% e 15,5%, respectivamente, mas cresceu nos adultos em idade ativa e nos desempregados. O risco de pobreza nos adultos em idade ativa aumentou 0,2%, para 16,9%; no caso dos desempregados, a subida foi de quase dois pontos percentuais, dos 45,7% para os 47,5%.
O relatório indica que “apesar da redução do risco de pobreza infantil, em 2018 a presença das crianças num agregado familiar continuava a estar associada a um risco de pobreza acrescido, sobretudo no caso dos agregados constituídos por um adulto com pelo menos uma criança dependente (33,9%) e naqueles constituídos por dois adultos com três ou mais crianças dependentes (30,2%)”.
De acordo com o indicador que conjuga as condições de risco de pobreza, de privação material severa e de intensidade laboral per capita muito reduzida, cerca de 2,215 milhões de pessoas encontram-se em risco de pobreza ou exclusão social em 2019. A taxa de pobreza ou exclusão social é de 21,6%, idêntica à registada no ano anterior.