Em 2017, Portugal  teve o menor número de pobres desde 2003

Em 2017, Portugal teve o menor número de pobres desde 2003


Dados compilados pela Pordata mostram que, desde 2007, crianças e jovens são os que apresentam maior risco de pobreza contando com transferências sociais.


Em 2017, a taxa de risco de pobreza em Portugal era de 17,3%, o que representa o menor número de pessoas consideradas pobres desde 2003 – os dados são da Pordata, cuja principal fonte é o Instituo Nacional de Estatística (INE). Os números mostram ainda que, desde 2007, os jovens com menos de 18 anos são o grupo etário que apresenta a taxa de risco de pobreza, contando com subsídios e contribuições do Estado, mais elevada.

Os dados não parecem deixar margem para dúvidas.

O país evoluiu de uma taxa de risco de pobreza (contando com transferências sociais) de 20,4% – ou seja, um em cada cinco portugueses – em 2003 para uma taxa de 17,3% em 2017. Em Portugal é-se considerado pobre quando se aufere um rendimento mensal por adulto próximo dos 460 euros.

Os dados analisados fazem ainda referência à situação dos portugueses antes e depois das transferências sociais, ou seja, subsídios estatais como pensões, apoios à família ou à educação, por exemplo.

Transferências sociais são essenciais para os idosos Um dos pontos destacados pela Pordata é o facto de a maior taxa de risco de pobreza antes de transferências sociais por grupo etário se verificar nas pessoas com 65 anos ou mais.

Em 2017, a taxa fixava-se nos 89,7% neste grupo, mostrando a sua dependência destas transferências sociais. De notar que, mesmo após as transferências sociais, 17,7% da população com 65 anos ou mais vivia numa situação de pobreza naquele ano.

Menores são os mais pobres Desde o ano de 2007 que as crianças e jovens com menos de 18 anos são o grupo etário que apresenta a taxa de risco de pobreza, depois de transferências sociais, mais elevada. Desde esse ano que pelo menos um em cada cinco jovens está em situação de risco de pobreza.

Os valores estiveram sempre acima dos 20% no período em análise e em 2013 ultrapassaram mesmo os 25%, o que quer dizer que, nesse ano, um em cada quatro jovens estava em risco de pobreza.

Incapacidade para assegurar despesas inesperadas Os dados revelados mostram que em Portugal, no ano de 2017, caso surgisse uma despesa inesperada, mais de um terço dos portugueses não tinham capacidade para assegurar o seu pagamento – 36,9% da população não tinha como fazer frente a situações imprevistas.

E, ao nível da União Europeia, em apenas sete países, metade da população não tinha capacidade para assegurar o pagamento de despesas inesperadas: Letónia, Croácia, Bulgária, Grécia, Roménia, Lituânia e Chipre.