O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) chegou hoje a acordo com os patrões. Agora, o documento que dita o entendimento entre as duas partes será apresentado aos associados e assinado no final do mês de outubro.
O processo de negociação entre a estrutura sindical e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) durou pouco mais de um mês e, depois da reunião que decorreu hoje, os motoristas de matérias perigosas terão os tão reivindicados aumentos salariais a partir de janeiro do próximo ano. O texto fechado hoje é igual ao acordo assinado entre a Antram e a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) que atualiza a tabela salarial em 11,1% para os trabalhadores das empresas de transporte. Ou seja, os descontos feitos agora pelos motoristas serão feitos sobre um salários de cerca de 1400 euros.
Para o sindicato que apoia os motoristas de matérias perigosas este foi “um acordo histórico”. Esta segunda-feira – véspera da negociação – Pedro Pardal Henriques, assessor jurídico do SNMMP, dirigiu-se aos trabalhadores através das redes sociais e garantiu que “existem poucas profissões em Portugal que façam descontos sobre cerca de 1450 euros por mês, como os motoristas farão”.
Além disso, Pedro Pardal Henriques avançou que o próximo passo será “o reconhecimento da profissão” como sendo de “desgaste rápido, para efeitos de idade de reforma”. “Estamos a pedir audiências aos partidos com assento parlamentar”, acrescentou o advogado.
Agora, o sindicato que foi o rosto de duas greves e a Fectrans, estrutura afeta à CGTP, estão em pé de igualdade e uma das conquistas passa pelo pagamento de todo o tempo que o motoristas trabalha, incluindo o de disponibilidade.