Metade do caminho da direita já está feito


Faltavam novos ativos na Assembleia da República. Um partido como o Chega, com um discurso popular que agregasse um eleitorado volátil e, muitas vezes, abstencionista. Mas também um partido como a Iniciativa Liberal, urbano e sem medo de comunicar de uma forma criativa e inteligente.


Para quem, como eu, está preocupado com o futuro do espaço político não socialista, no dia 6, metade dos nossos problemas ficaram resolvidos. Agora só falta a segunda parte.

Faltavam novos ativos na Assembleia da República. Um partido como o Chega, com um discurso popular que agregasse um eleitorado volátil e, muitas vezes, abstencionista. Mas também um partido como a Iniciativa Liberal, urbano e sem medo de comunicar de uma forma criativa e inteligente.

Antes de domingo, faltava ainda provar que o PSD não ganha eleições à esquerda e muito menos a tentar ser muleta do PS, ainda por cima deste PS, que ignora o centro-direita e vive de mão estendida à esquerda radical. Ficou provado que o tempo de Rui Rio acabou.

A segunda parte dos problemas que faltam resolver é relativamente simples. Falta um CDS que encontre o seu espaço e nos devolva o seu pragmatismo. Um CDS que volte a ser um partido de quadros prontos a ajudarem proativamente a governar o nosso país. Um CDS que não se perca em guerras de puritanismo ideológico.

Mas o que mais falta faz ao nosso espaço político é a refundação do PSD. O maior partido não socialista português tem de assumir a sua vocação de ser a grande casa que vai do centro à direita. Uma casa que não vive dos dogmas do passado, mas que opta antes por ter os olhos no futuro. Uma casa arrumada e com a coragem de colocar as tricas pessoais para trás das costas. Uma casa com novos rostos, novas ideias e uma nova forma de comunicar com os portugueses.

Como dizia no início deste texto, o caminho já está a meio. Agora é termos juízo a fazer o resto.

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