Cristas não dramatiza como Nuno Melo e Portas ajuda mas sem a líder

Cristas não dramatiza como Nuno Melo e Portas ajuda mas sem a líder


Eurodeputado diz que “tudo o que acreditamos” está em causa nestas eleições. Ex-líder apelou ao voto em Aveiro.


O ex-presidente do CDS, Paulo Portas, entrou ontem em campanha, em Aveiro, ao lado do cabeça-de-lista João Almeida para pedir aos eleitores de direita e centro-direita para concentrarem votos no seu partido, naquele círculo eleitoral, numa espécie de travão para a esquerda. Mas ainda não foi desta que o antigo ministro entrou ao lado da líder centrista e sucessora.

“Aqui em Aveiro, como noutros distritos, se o CDS não eleger o segundo deputado, quem o vai eleger é um dos partidos da esquerda e, por isso, é preciso concentrar votos para proteger a capacidade de ter mais um deputado do centro direita no Parlamento em vez de termos um que vai contribuir para maiorias de esquerda radicalizadas”, declarou Portas depois de ter participado numa ação de campanha no distrito onde foi cabeça-de-lista por seis vezes.

Assunção Cristas prometeu, contudo, que Portas estará a seu lado, mais à frente. Falta acertar a agenda. A dirigente assegurou ainda, citada pela Lusa, que “todos estão a trabalhar no mesmo sentido” no CDS.

Mais a Norte, a líder centrista Assunção Cristas fez um discurso similar ao de Portas: “A minha preocupação todos os dias é explicar porque é que faz sentido votar no CDS”, disse, citada pela Lusa. A resposta surgiu após uma visita ao Museu do Douro, no distrito de Vila Real, no rescaldo de um jantar-comício em Famalicão, distrito de Braga. Neste círculo, o CDS luta para não perder votos e Nuno Melo, eurodeputado, dramatizou a votação porque “[hoje]a esquerda existe para destruir tudo aquilo em que acreditamos”, ou o que está em causa é “o ar que se respira”. O tom foi ideológico, mas a líder do CDS-PP preferiu dizer que “o que está em causa é uma alternativa de centro e de direita para o nosso país, que aposta na liberdade das pessoas”. O registo de Cristas foi bem mais moderado e sempre a apelar aos indecisos.

Ontem, Assunção Cristas esteve no Museu do Douro para acusar o Governo de seguir uma solução do Estado Novo, “um modelo de novo estatizante, um modelo que é igual ao do Estado Novo”, atirou a presidente democrata-cristã.